O valor de R$ 1,1 milhão encontrados, na
terça-feira (30), dentro do porta-malas de um carro abandonado no bairro
Renascença, em São Luís, foram depositados em uma conta bancária judicial, no
Banco do Brasil, na manhã desta quinta (1º).
A conta bancária está sendo administrada pela
Justiça. O dinheiro vai permanecer na conta até que as investigações sobre a
origem dele sejam finalizadas ou o dono do dinheiro seja encontrado.
O montante foi encontrado em maços com notas
de R$ 50, 100 e 200. Segundo a Polícia Militar, o carro estava com parte do
porta-malas aberto. A polícia informou que investiga ainda um possível furto de
parte do dinheiro.
O que a polícia investiga
Os investigadores querem saber agora quem
dirigia o carro e analisam imagens de câmeras de segurança da região em que o
veículo foi abandonado. A Polícia Civil também procura por outros elementos que
possam ajudar a rastrear a origem do dinheiro, quanto havia, de fato, no
porta-malas do veículo e quem receberia a quantia.
Por enquanto, a polícia diz que ainda não pode
indicar qual crime foi cometido.
“O que nós temos são conjecturas, baseadas em
circunstâncias muito suspeitas. Um dinheiro dessa natureza, deixado ali por
alguém que, talvez, tivesse feito negócio e tentando evitar o pagamento de
tributos, alguma coisa do tipo, e visse esse dinheiro sendo deslocado para
algum local pela polícia, certamente teria se apresentado até o momento",
destaca o delegado Augusto Barros, superintendente da Seic.
A polícia espera que o dono do dinheiro se
apresente. "Então, nós aguardamos que, aquele que se titular dos direitos
relativos a esse numerário, que se apresente para que a gente possa entender”,
completou.
O suposto dono do carro, que foi encontrado
abandonado com mais de R$ 1 milhão, foi identificado como Carlos Augusto Diniz
da Costa. Ele era funcionário comissionado da Prefeitura de São Luís, mas foi
exonerado cargo, na quarta-feira (31), um dia após o veículo ser encontrado com
o dinheiro.
Ele alegou ser o dono do carro. No entanto, a
polícia informou que o carro está registrado no nome de outra pessoa.
Na terça-feira, quando o veículo foi encontrado
com a mala cheia de dinheiro, Carlos apareceu no local e afirmou aos policiais
militares, que vistoriavam o veículo, ser o dono. Na ocasião, o homem disse aos
PMs que tinha emprestado o carro a um amigo.
“Há duas semanas, que eu emprestei para ele”,
disse Carlos, sem informar quem seria esse amigo.
Ao ser intimado para depor na Superintendência
Estadual de Investigações Criminais (SEIC), sobre o caso, Carlos Augusto
compareceu, acompanhado por um advogado, mas ficou em silêncio.
De acordo com a polícia, Carlos trabalhava na
Secretaria Municipal de Informação e Tecnologia (Semit), de São Luís, e recebia
um salário de R$ 3.400. Após a repercussão do caso, o funcionário foi exonerado
pelo prefeito Eduardo Braide (PSD).
A Prefeitura de São Luís ainda não se
manifestou sobre os motivos que levaram à exoneração de Carlos Augusto Diniz da
Costa do cargo.
Com informações do g1 MA
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