A Polícia Civil
prendeu, no final da tarde desse domingo (16), o marido e o sogro de Adriana
Oliveira, de 27 anos, que foi morta a tiros dentro de sua casa em Santa Luzia,
a 297 km de São Luís.
O crime
aconteceu o último sábado (15) e levou a manifestações de muitos moradores, já
que Adriana era influenciadora digital e muito conhecida e querida na cidade,
ao compartilhar sua rotina pessoal e fazer publicidades.
De acordo com
as investigações, Adriana foi morta por uma pessoa que entrou na residência e
efetuou três tiros, mesmo com a presença do marido, que não foi atingido.
Em depoimento,
o marido da vítima, identificado como Valdiley Paixão Campos, de 37 anos,
afirmou que viu o criminoso chegando na casa em uma moto, depois atirando
contra Adriana e fugindo.
O sogro de
Adriana, conhecido como Antônio do Zico, também prestou depoimento e confirmou
a versão do filho. No entanto, o delegado Alisson Guimarães, que comanda as
investigações, decidiu prender os dois em flagrante. O g1 tenta contato com a
defesa dos acusados, mas não conseguiu até a última atualização desta
reportagem.
A Polícia Civil
do Maranhão (PC-MA) enviou uma equipe especializada para investigar o
assassinato da influenciadora.
Em entrevista à
TV Mirante, o delegado-geral Manoel Almeida explicou que a investigação se
aprofundou rapidamente após contradições na versão apresentada pelo marido de
Adriana.
"A forma
como ele descreveu os eventos e o horário em que ocorreram não condizem com as
evidências coletadas no local. Além disso, constatamos que as condições de
segurança na área estavam diferentes do habitual", afirmou o delegado.
A PC analisou
câmeras de segurança nas redondezas para tentar identificar um possível
motociclista mencionado pelo marido, mas não encontrou provas que comprovassem
sua versão. O comportamento do marido também gerou suspeitas. "Assim que
soube do ocorrido, ele primeiro comunicou a polícia e não prestou socorro à
vítima, o que é incomum em situações desse tipo", completou Almeida.
Além do marido,
o sogro da influenciadora também foi apontado como suspeito. "Hoje temos
indícios fortes de que tanto ele quanto o pai da vítima têm participação nesse
crime", destacou o delegado. A investigação está sendo tratada como um
caso de feminicídio, dada a gravidade das circunstâncias envolvendo a morte de
Adriana.
A delegada
Kazumi Tanaka também conversou com equipe da TV Mirante e enfatizou a
importância de alertar mulheres que possam viver situações semelhantes. "É
fundamental que as mulheres se sintam seguras para buscar ajuda e denunciar
qualquer tipo de agressão ou ameaça", disse. Ela ressaltou que é responsabilidade
da sociedade não apenas esperar por ações das vítimas, mas também agir para
proteger vidas.
Para a delegada
Kazumi Tanaka, as próximas etapas da investigação incluem ouvir mais
testemunhas e analisar novos elementos que possam surgir ao longo do processo.
A comunidade aguarda respostas sobre esse trágico acontecimento e clama por
justiça em nome de Adriana Oliveira. Além disso, conta-se com a participação da
população para auxiliar nos trabalhos da polícia, a fim de entender melhor a
dinâmica dos fatos.
"O
inquérito terá o prazo regular de dez dias para ser concluído e, nesse
intervalo, tudo que for necessário será levantado para convencer as autoridades
responsáveis pela avaliação judicial e pelo Ministério Público . Espero que
possamos demonstrar à população que, apesar das dificuldades enfrentadas pelo
Estado em intervir preventivamente neste tipo de crime, haverá punição",
afirma a delegada Kazumi Tanaka.
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