A imagem do dia é um print da capa do
Jornal do Brasil, de 2 de fevereiro de 1993. Em destaque, informações de uma
CPI montada para desvendar esquema de corrupção envolvendo empreiteiras e
políticos.
Os registros de pagamento de propina,
conforme documentos apreendidos pela Lava Jato, mostram que esse esquema de
pagamento de propinas ocorre desde os anos 1980. Uma planilha dessa época traz
os nomes do ex-senador José Sarney e seus filhos, Fernando (Filhão), Roseana (princesa) e Sarney
Filho (filhote).
O texto do JB ressalta que, com base em documentos
recolhidos pela PF na residência de um diretor da Odebrecht, a CPI do Orçamento
começou a desvendar um esquema de poder paralelo conduzido pelas empreiteiras.
Uma holding formada por 12 construtoras, comandada pela Odebrecht, garantia a
divisão equitativa, entre as empreiteiras, das obras realizadas com recursos do
orçamento.
As licitações eram fraudadas ou
previamente acertadas. A vencedora repassava 36% do valor da obra à holding. Os
parlamentares encarregados de indicar emendas ao Orçamento eram comissionados com
3% de um valor antecipadamente estipulado.
Numa etapa anterior, governadores e
prefeitos eram induzidos a aceitar as obras sugeridas pelas construtoras. O
comprometimento se dava em três níveis: pagamento de propinas, ajuda para
campanhas políticas e presentes, como obras de arte de alto valor.
Essa é mais uma mostra de que o desvio de
verbas públicas para bancar políticos e partidos não foi obra dos governos Lula
e Dilma. O erro de ambos foi deixar que as quadrilhas de sempre continuassem
agindo em seus governos. No momento em que tentou fechar a sangria de recursos,
desmontando o esquema corrupto de Eduardo Cunha (PMDB) em Furnas, Dilma passa a
viver seu calvário até o impeachment.
Para essa quadrilha que assalta os cofres públicos há bastante tempo, governo bom é aquele que deixa roubar à vontade.
Para essa quadrilha que assalta os cofres públicos há bastante tempo, governo bom é aquele que deixa roubar à vontade.
Leia a íntegra das informações na capa
do JB.
Confira a reportagem do Fantástico que mostra detalhes dos esquemas de pagamento de propinas desde a década de 1980.
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