A versão do delator
José de Carvalho Filho sobre uma suposta atuação do então deputado federal
Flávio Dino, em 2010, em favor da Odebrecht tem mais uma contradição. Já é o
terceiro ponto que não se sustenta na acusação.
O delator disse que
Flávio Dino iria garantir que um aliado ficasse com a relatoria de um projeto
que seria de interesse da empreiteira. Flávio chegou a ser relator da proposta,
mas não apresentou nenhum parecer sobre ela. Ou seja, não teve nenhuma atuação
no projeto.
Segundo o delator,
Flávio Dino indicaria Chico Lopes para assumir a relatoria. A proposta estava
tramitando na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Mas quem indica o
relator dos projetos é o presidente da CCJ, cargo que não era ocupado por
Dino. Ou seja, ele não tinha poder para indicar quem quer que fosse para a
relatoria.
O regimento da Câmara é
claro ao tratar do assunto, como pode ser visto neste link.
Outros dois pilares da
acusação já tinham sido derrubados por meio de documentos oficiais. Neles, fica
demonstrado que Flávio Dino não foi autor e nem apresentou nenhum parecer sobre
a proposta. Em nenhum momento o agora governador atuou ou interferiu no
projeto.
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