Inquérito foi baseado
em delação de Marcelo Odebrecht e de outros dois ex-diretores da companhia
Isadora Peron /
Brasília
O Estado de S. Paulo
Principais nomes do
PMDB no Senado, Romero Jucá (RR) e Renan Calheiros (AL) são investigados juntos
em um inquérito no Supremo Tribunal Federal que vai apurar o pagamento de R$ 5
milhões em propina pela Odebrecht. Os dois teriam atuado para aprovar uma
Medida Provisória que garantiu vantagens fiscais para empresas que atuavam no
exterior.
O inquérito foi baseado
na delação premiada de Marcelo Odebrecht e dos ex-diretores da companhia
Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho. Em depoimentos gravados, Melo
Filho afirma que Jucá era o responsável pelos contatos com a empresa, mas
deixava claro que também falava em nome de Renan.
O pagamento teria sido
realizado pelo setor de operações estruturadas da companhia, e ficou registrado
no sistema Drousys sob o nome de “exportação”, para indicar a MP a qual se
referia no Congresso.
Ao todo, Jucá é alvo de
cinco inquéritos pela atuação que teve a favor da Odebrecht no Senado. Já Renan
será investigado em quatro procedimentos. Os dois peemedebistas negam
irregularidades.
Na sexta-feira, em
entrevista ao programa Moreno no Rádio, da CBN, Jucá negou as acusações de
recebimento de recursos por seu empenho na aprovação de MP. "Chegou-se ao
cúmulo dizer que eu beneficiei empresas com MPs. Quem fala em compra de MPs não
conhece como funciona o governo e o Congresso", disse Jucá.
Em nota, Renan afirmou
que “um homem público sabe que pode ser
investigado, mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado
de que alguma irregularidade foi cometida”. Ele também disse acreditar que os
“inquéritos serão arquivados por falta de provas como aconteceu com o primeiro
deles".
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