Em entrevista à Rádio Senado, o senador
João Alberto, escalado pela oligarquia Sarney para defender Michel Temer,
minimizou as graves denúncias que podem levar ao impeachment ou mesmo à
renúncia do ainda presidente.
Sobre a gravação da conversa nada
republicana entre Temer e Joesley Batista, da JBS, ele disse que não houve nada
de mais.
“Num primeiro momento, em que houve esse
encontro do presidente da república com um empresário, e que na delação teria
havido algo não ético, houve um certo abalo da nação. Depois do esclarecimento do presidente, parece-me que
não paira dúvida. Não houve nada de mais. O presidente apenas recebeu uma certa
pessoa delicadamente. Não avançou muito na conversa que ele levara ao
presidente”, disse o porta-voz de Sarney na crise.
Para João Alberto, a tranquilidade
voltará ao normal no Executivo, Legislativo e Judiciário, e que será mais uma
crise a República vai superar.
“O Senado vai continuar tranquilamente
com sua pauta. Depende da reunião de líderes para analisar as matérias e
colocar em votação”, acrescentou.
Ele disse que as reformas são fundamentais
e importantes para o país, enaltecendo a coragem de Michel Temer em fazê-las. “As
reformas trazem benefícios à população”, ressaltou.
Afirmou que Temer continua com apoio e
tem certeza que ele quer o melhor para o país.
Sobre a reação de Temer às revelações de
Joesley, disse que presidente só poderia calar, sorrir e não aprovar. “Ele é um
homem sério, de boas maneiras, super delicado e comprometido com a verdade”,
disse sobre Temer.
Em relação ao pedido de cassação do
mandato do senador Aécio Neves, João Alberto, presidente do Conselho de Ética, disse que não aceitará recorte de jornal ou de
revista. “Quero documentos anexados e que convençam da necessidade de abrir o
processo contra o senador”, finalizou.
Na verdade, João Alberto age em nome do oligarca Sarney. É uma espécie de para choque em qualquer crise. Defende com unhas e dentes a permanência de Temer para salvar os interesses da oligarquia, que espera contar com o auxílio dos cofres do governo federal no projeto de tentativa de retomada do poder no Maranhão, em 2018.
Por outro lado, enquanto João Alberto defende Temer na mídia, Sarney articula nos bastidores uma saída para seu grupo, em caso de impeachment ou mesmo renúncia de Temer. Sarney sabe que a situação é insustentável e já estaria apostando em eleição indireta para atender a seus próprios interesses.
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