O secretário da SSP, Jefferson Portela,
deu detalhes do depoimento do advogado Ricardo Muniz Belo, que
acompanhava o delegado Tiago Bardal na noite de quinta-feira (22) durante
abordagem policial na área do bairro Quebra Pote, em São Luís, onde era
realizada operação para desarticular uma quadrilha de contrabandistas.
“Ao contrário do que disse o delegado, o
advogado revelou que eles haviam ido para aquela área conversar com um cliente
de altíssima periculosidade, que teria informações sobre narcóticos”, revelou o
secretário. As declarações de Ricardo Belo foram dadas a quatro promotores e
cinco delegados na Superintendência de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor)
na tarde de terça-feira (27). Portela não revelou o nome do ‘cliente de
altíssima periculosidade’, que já deve estar identificado e poderá ser chamado a
prestar depoimento.
O secretário diz que está se buscando
nexo entre os investigados. O advogado tem vínculo com um dos investigados,
Rogério Garcia, ex-vice-prefeito de São Mateus, há muitos anos. Seriam vínculos
formais e informais, envolvendo até empréstimo de dinheiro. “As revelações
apontam para um vínculo do delegado com o advogado e este com a organização criminosa”,
ressalta o secretário.
Portela revela que o advogado e o
delegado não foram presos na noite da operação porque não estavam mais no
local, no momento em que foram efetuadas as prisões em flagrante dos outros envolvidos,
inclusive com apreensões de armas e mercadorias contrabandeadas.
“Na manhã seguinte, o advogado Ricardo
Belo entrou em contato com o delegado Bardal, via whatsapp, para saber sobre a
operação. O delegado disse apenas que era uma operação da PM”, acrescentou
Portela.
Sobre a polêmica levantada pelo deputado
Raimundo Cutrim (PCdoB), de que a competência para investiga crimes de
contrabando é da PF, o secretário disse que qualquer polícia pode prender
criminosos. “O foco principal é desbaratar a organização criminosa. Deputado
não tem competência para tratar sobre isso. Não passa de mera manifestação”,
acrescentou.
Pelo que foi apurado até aqui, a
quadrilha vinha operando desde o mês de junho de 2017. Antes de utilizarem o
porto do Arraial, os contrabandistas descarregavam as mercadorias no porto do
Quebra Pote. Como as carretas chamavam muito a atenção, esse descarregamento passou
a ser feito no porto localizado em um sítio na localidade Arraial, também no
Quebra Pote. O proprietário do sítio, identificado como Zé Carlos, revelou que faz
manutenção de embarcações e resolveu construir um porto particular. O sítio
estava alugado à organização criminosa.
As investigações estão sendo
aprofundadas para chegar a outros possíveis envolvidos com essa organização
criminosa. O inquérito policial será concluído até a próxima sexta-feira (2).
Preder realmente pode... Mas os presos deveriam ter sido prontamente encaminhados à sede da Polícia Federal na Cohama, e não para uma Superintendencia da Polícia estadual.
ResponderExcluirE outra!! Parece que capciosamente deixaram de incluir o crime de contrabando ou descaminho no flagrante para direcionar a distribuição pra uma vara estadual que investiga crime organizado.....
Cadeia nesses pilantras, seja quem for. ..tá certo o Jefferson Portela. ..CADEIA em todos. ..Delegado, Major, Advogado etc ...
ResponderExcluir