Dinheiro
é contabilizado por servidores do Banco do Brasil em Zé Doca. Ação policial
terminou com 10 presos, três mortes, além de apreensão de armas e sacos com
dinheiro.
Polícia continua operações para localizar outros integrantes da quadrilha.
Presos durante abordagem policial em Santa
Luzia do Paruá, no fim da noite segunda-feira (3), integrantes do grupo
criminoso que assaltou o Banco do Brasil em Bacabal estavam, no interior do
caminhão baú, com a quantia de R$ 45.321.492,00, além de armamento e munição de
alto calibre.
No total, foram dez presos na operação operação
policial. O condutor do veículo está entre os presos, suspeito de integrar o
bando. Três outros suspeitos foram mortos em confronto com a polícia.
Inicialmente, os PMs que faziam uma
barreira na cidade abordaram e prenderam o motorista e um dos assaltantes que
estavam na boleia do caminhão. Os outro 11 assaltantes ficaram ‘presos’ dentro
do baú, que só poderia ser aberto por fora. Fortemente armados, eles teriam
atirado contra os PMs, que reagiram à altura e conseguiram fazer com que se rendessem.
Na lista de itens apreendidos com os
suspeitos estão duas metralhadoras calibre ponto 50, com capacidade para
derrubar aeronaves e perfurar carros-fortes, 10 fuzis calibre 556, um fuzil AK
47, uma pistola, 17 coletes à prova de bala, além de 449 munições de fuzil calibre 556.
Cerca de 30 pessoas integraram o bando
que agiu no assalto ocorrido no dia 25 novembro, em Bacabal. Desde então, a Secretaria
de Segurança deflagrou operação especial para prisão dos demais membros da
quadrilha.
Com os resultados desta fase da
investigação, somam 15 os membros do grupo interceptados. A polícia já possui
informações de todos os membros do grupo criminoso, segundo divulgado na
entrevista com o secretário Jefferson Portela, na manhã desta terça-feira (04).
A operação segue com investigações
individualizadas dos suspeitos, apoiadas em relatórios da operação e banco de
dados nacional. Os integrantes do grupo são do Paraná, Tocantins, Sergipe, São
Paulo e Salvador, onde seria a base de atuação da quadrilha.
“Foi uma atuação muito eficiente dos
nossos homens da Polícia Militar, que tiveram firmeza contra um bando
fortemente armado, neutralizando e prendendo todos os suspeitos. Contra o
ataque do crime temos a repressão qualificada. Aqui tem governo, o sistema de
segurança tem comando e os criminosos sentirão o peso da lei”, afirmou o
secretário de Estado de Segurança Pública (SSP-MA), Jefferson Portela.
Na abordagem foram presos os paulistas
Gelsimar Oliveira, Alexandre Moura, Wagner Cesar Oliveira, Robson César
Pereira, José Eduardo Zacarias Barboni, Valdeir Carvalho dos Santos e Fábio
Batista de Oliveira; os baianos George Ferreira Santos e Ricardo Santos Souza
(que seria um dos mais perigosos do bando); e o paranaense Derli Luiz Gilioli.
Morreram durante o confronto com a polícia: Silva Santos, Adenilson Moreira e
Renan Santos dos Praseres, todos de São Paulo.
Os policiais mantêm cerco em pelo menos
10 municípios nas proximidades de Bacabal para prisão do restante da quadrilha.
Durante a coletiva, o secretário Jefferson Portela afirmou que as investigações
indicam que os demais membros da quadrilha permanecem no Maranhão.
Participaram da coletiva realizada nesta
terça-feira, o delegado geral de Polícia Civil, Leonardo Diniz; o comandante
geral da Polícia Militar, Jorge Luongo; e o delegado geral adjunto de Operações
Policiais, André Gossain.
Combate
enérgico ao crime
Durante a coletiva, o secretário
Jefferson Portela frisou que esta é mais uma operação coordenada pela SSP-MA,
que integra o plano do trabalho especializado para conter o crime de assalto a
bancos. Resultado das operações, em quatro anos, a polícia maranhense alcançou
84% de redução destes casos; e no comparativo com 2014, obteve a totalidade dos
casos resolvidos com a prisão de todos os criminosos e seus líderes.
“No caso de Bacabal não será diferente”,
frisou Jefferson Portela ao lembrar que as forças policiais não estão medindo
esforços para combater a criminalidade, inclusive preparadas tecnicamente para
enfrentar os casos de confronto, como aconteceu na primeira ação em Bacabal e
agora em Santa Luzia do Paruá.
Na primeira ação policial foram presas
oito pessoas, sendo dois policiais – um piauiense e outro maranhense; e
recuperados R$ 3,7 milhões. Durante confronto com a polícia, morreram três
membros da quadrilha, sendo um do Pará, outro de Tocantins e um da Bahia. O
chefe maior da quadrilha foi identificado como José Francisco Lumes, o Zé de
Lessa, que age do Paraguai.
A polícia do Maranhão atua com apoio da
Interpol, Centro de Controle da Aeronáutica e polícias dos Estados onde há
atuação da quadrilha, além das forças policiais do Paraguai.
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