Após
ter negado a participação no assalto e ser considerado refém dos bandidos,
Obadias Pereira da Silva disse à polícia que teria recebido R$ 47 mil reais
para dar suporte aos assaltantes durante a fuga.
Obadias
Pereira da Silva, de 45 anos, foi preso por suspeita de participar do assalto
ao Banco do Brasil de Bacabal.
A Polícia Civil apresentou nesta
sexta-feira (7) na sede da Superintendência de Investigações Criminais (SEIC),
o caminhoneiro Obadias Pereira da Silva, de 45 anos, preso por suspeita de
participar da quadrilha que assaltou um centro de distribuição do Banco do
Brasil de Bacabal. Segundo a polícia, o suspeito teria sido responsável por dar
fuga a quadrilha que assaltou o banco.
De acordo com o superintendente da SEIC,
Carlos Alessandro, o suspeito que antes era considerado desaparecido e seria
refém dos assaltantes, apresentou um depoimento desconexo com o que ele havia
falado anteriormente após ter sido localizado. A partir disso, a linha de
investigação da polícia começou a considerá-lo suspeito.
“Inicialmente nós considerávamos que o
Obadias seria apenas um refém desse grupo de assaltantes que cometeu esse crime
na cidade de Bacabal no dia 25 de novembro. Entretanto, após os trabalhos
investigativos e tudo que foi produzido a partir de elementos informativos,
constatamos que ele poderia ter tido uma participação efetiva nessa ação
criminosa, após o assalto. Sendo que logo após sua prisão em Nova Olinda, pela
PM, ele apresentou uma versão desconexa e inconsistente durante esse período
que ele ficou em poder do grupo”, explicou o superintendente.
Ainda segundo o superintendente, o
caminhoneiro, em seguida, confessou que teria recebido cerca de R$ 47 mil reais
por transportar e dar suporte a quadrilha que estaria em fuga no interior do
Maranhão. O delegado disse que ao ser encontrado, o suspeito havia negado a
participação no crime e que ainda apontou o local onde a quantia estava
enterrada.
“Ele [Obadias] foi condizido a SEIC,
onde seu termo de qualificação interrogatória, inclusive, já está admitindo que
recebeu uma vantagem indevida no valor de R$ 47 mil reais, a fim de dar suporte
a essa quadrilha durante o tempo que eles estavam empreendendo fuga no interior
do estado. Sendo que o seu papel nessa fuga era de transportar esses
assaltantes. Após sua prisão, durante entrevista no local onde ocorreu sua
localização ele teria negado qualquer participação, só que em seguida ele
apontou o local em um assentamento em Nova Olinda onde estaria esse valor
enterrado, assim como um carregador com várias munições”, disse.
O suspeito foi transferido para São Luís
após ter sido preso em Araguanã, na região do Alto Turiaçu. A transferência foi
feita em um carro descaracterizado que foi escoltado por duas viaturas da
Polícia Militar. Antes de chegarem a São Luís, a equipe fez uma parada na base
da 2ª Companhia de Polícia Militar no município de Santa Inês.
Ao ser interrogado por policiais,
Obadias disse que estava escondido na zona rural do município de Nova Olinda,
na companhia de quatro homens. Após o depoimento, a polícia pediu reforços e
começou a busca pelos suspeitos que não foram localizados. Durante a procura,
uma sacola que estava com R$ 47 mil reais, foi encontrada.
Até o momento, 10 membros da quadrilha
que assaltou o BB de Bacabal foram presos e metade do dinheiro roubado foi
recuperado. Seis integrantes da quadrilha foram mortos em confronto com a
polícia. Ao todo, a polícia estima que R$ 100 milhões foram levados do centro
de distribuição do banco.
O caminhoneiro, após a coletiva, foi
levado para a carceram da Seic, mas será transferido para o Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.
Família
acredita na inocência de Obadias
Em contato com o blog, após a
apresentação na Seic, uma sobrinha do caminhonheiro disse que a família
acredita na inocência de Obadias. Sem alternativa, diante de bandidos
fortemente armados, ele pode ter sido forçado a ajudar a quadrilha na fuga e,
posteriormente, aceitar o dinheiro que foi encontrado no local do esconderijo. “Quem,
com armas na cabeça, não segue ordens de bandidos? Ele pode ter sido forçado a
fazer isso, após ser feito refém. A inocência dele ficará provada”, disse uma
sobrinha do caminhoneiro.
O
assalto
Na noite do dia 25 de novembro, dezenas
de criminosos assaltaram uma unidade de distribuição do Banco do Brasil no
município de Bacabal, a 240 km de São Luís. Os assaltantes também incendiaram
viaturas e atacaram o quartel do 15º Batalhão da Polícia Militar e a Delegacia
Regional de Polícia Civil.
Na ação criminosa, um morador e três
integrantes da quadrilha morreram. A polícia ainda prendeu o policial militar
do Piauí, André dos Anjos de Sousa, e um bombeiro militar de Bacabal, Luís
Gustavo Lima Mendes. Eles teriam recolhido parte do dinheiro deixado pela
quadrilha durante a fuga. Após a prisão, eles prestaram esclarecimentos e vão
responder em liberdade.
Na noite de segunda-feira (3), outros 10
homens suspeitos de envolvimento com a quadrilha foram presos. Além destes,
três morreram durante a operação da polícia no município de Santa Luzia do
Paruá, a 370 km de São Luís.
Para a Secretaria de Segurança Pública
do Maranhão, a ordem para o assalto veio de fora do país e foi dada por José
Francisco Lumes, que está sendo procurado pela Organização Internacional de
Polícia Criminal (Interpol).
No programa “Resumo do Dia” de
quinta-feira, fazemos um balanço das ações policiais para tentar localizar o
restante da quadrilha que assaltou a Central de Distribuição do Banco do Brasil
de Bacabal.
Comentamos sobre a prisão do
caminhoneiro Obadias Ferreira da Silva, que foi feito refém e estava
desaparecido, sendo encontrado em Araguanã. No local do esconderijo de parte da
quadrilha, na zona rural de Nova Olinda, os policiais encontraram um mochila
enterrada com mais de R$ 47 mil.
Com
informações do G1 Maranhão
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