CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
O comando do PDT se reúne nesta
segunda-feira (21) para discutir a conveniência de manter o ministro do
Trabalho, Carlos Lupi, na equipe da presidente Dilma Rousseff. O ministro
deverá participar da reunião.
Apesar da avaliação do governo de que a
crise arrefeceu no fim de semana por falta de novas denúncias, uma ala do
partido defende a precipitação da saída de Lupi por temer a perda da pasta para
o PT na reforma ministerial programada para janeiro.
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Cristovam Buarque e Pedro Taques defendem a saída de Carlos Lupi do Ministério do Trabalho |
Além dos rumores de que será acomodado
num ministério menor, o PDT reclama do desgaste de sua imagem nas últimas
semanas. A situação de Lupi se agravou com a revelação da revista
"Veja" de que o ministro cumprira agenda oficial no Maranhão a bordo
de avião providenciado por Aldair Meira.
Meira controla duas ONGs beneficiárias
de convênios no valor de R$ 10,4 milhões com a pasta. Lupi negou o uso do
avião, mas, confrontado com a versão do empresário, voltou atrás e atribuiu o
equívoco a uma falha de memória.
Presidente interino do PDT, o deputado
André Figueiredo externou sua preocupação à Executiva da sigla na semana
passada. "Não quero falar mais sobre isso", disse, resistindo a
conceder entrevista.
Enquete feita pela Folha na semana
passada mostra que Lupi tem apoio de 15 dos 31 parlamentares do PDT para ficar
na pasta. Em favor de Lupi, o secretário-geral do PDT, Manoel Dias, convocou
uma reunião do Diretório Nacional para o mês que vem. "É o diretório que
decide isso. E temos a maioria."
"Não acredito que Lupi vá sair. Nem
vi a presidente falar em reforma", disse o líder do governo na Câmara,
Cândido Vaccarezza (PT).
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