quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Os últimos momentos de um ministro falastrão, mentiroso e desmoralizado

Gilberto Lima

O ofegante Carlos Lupi deve estar contando as horas para ser defenestrado do comando do Ministério do Trabalho. Suas bravatas e mentiras caíram por terra com a divulgação de fotos que o mostram desembarcando de um avião alugado por um dono de ONGs que têm convênios com o Ministério. 

A pá de cal foi a divulgação de um vídeo que mostra o ‘ongueiro’ Adair Meira ao lado de Lupi, em viagens pelo interior do Maranhão em 2009.  Na Câmara, Lupi negara conhecer o dono de ONGs. Está, portanto, desmoralizado e sem condições de continuar no posto.
O fim de uma 'quadrilha' montada no Ministério do Trabalho

Com a queda iminente, Lupi vai tentar usar a ‘força’ da PDT para se manter vivo e forçar a presidente Dilma a adiar sua demissão. Pelo menos até sábado, dia marcado para o encontro com os pedetistas, Lupi tem sobrevida. Isso se Dilma não decidir, antes, pela saída do ministro mentiroso e picareta.

O governo já teria comunicado a lideranças do PDT a decisão de exonerar imediatamente o ministro Lupi, antes da reforma ministerial prevista para o final do ano.

A pressão da oposição, nesta quarta-feira, com provável pedido de instalação de uma CPI da Corrupção, pode acelerar o processo de demissão de Lupi. Acredito que o governo não queira passar por um desgaste maior.

Lupi, com seu séquito de pilantragem, conseguiu montar uma teia intrincada de desvio de recursos públicos por meio de convênios com ONGs. As primeiras denúncias davam conta da cobrança de propina dessas ONGs, geralmente comandadas por correligionários do PDT, em diversos cantos do país.

Além de demitir Lupi, a presidente Dilma tem que determinar a exoneração de todos os auxiliares do ainda ministro. Seria uma forma de evitar que esse esquema continuasse em funcionamento.

Seria interessante que todos os convênios firmados na gestão de Lupi passassem por uma operação pente-fino. No Maranhão, por exemplo, a FEDECMA, gerida pela mãe do suplente de deputado federal Weverton Rocha, recebeu repasses milionários para o Programa Primeiro Emprego. Isso, no período em que Weverton era Secretário de Juventude e Esporte, no governo Jackson Lago.

O PDT, por sua vez,  poderia aproveitar a oportunidade para fazer uma faxina ética e moral, expulsando essas personas non gratas de seus quadros. Esses pilantras, com certeza, não têm mais condições de continuar envergando a bandeira do trabalhismo. São oportunistas que se apossaram do partido para fazer negociatas e praticar assaltos ao erário público.

Infelizmente, num país em que cadeia foi feita para quem não tem poder e dinheiro, esses pilantras ainda vão continuar na impunidade e, sem nenhum escrúpulo, rindo daqueles que lutam pela moralidade na vida pública.

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