Eliana Calmon, a mesma que falou dos
'bandidos de toga', defendeu no Senado a retomada das investigações para
proteger os magistrados sérios
O Estado de S. Paulo

“Faço isso em prol da magistratura séria
e decente e que não pode ser confundida com meia dúzia de vagabundos que estão
infiltrados na magistratura”, disse em sessão da Comissão de Constituição e
Justiça do Senado, para discutir a proposta de emenda constitucional que amplia
e reforça os poderes correcionais do CNJ.
No ano passado, declarações da ministra
de que a magistratura brasileira enfrentava "gravíssimos problemas de
infiltração de bandidos, escondidos atrás da toga" gerou crise entre o Judiciário
e o CNJ. Na ocasião, Eliana Calmon defendia o poder de o órgão investigar
magistrados supeitos de cometer irregularidades.
Nessa terça, a ministra afirmou ser
necessário retomar a investigação que começou a ser feita no ano passado nos
tribunais de Justiça para coibir pagamentos elevados e suspeitos a
desembargadores e servidores. A investigação iniciada pelo CNJ no tribunal de
Justiça de São Paulo e que seria estendida a outros 21 tribunais foi
interrompida por uma liminar concedida no último dia do ano judiciário pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski. O processo hoje
está sob relatoria do ministro Luiz Fux e não há prazo para que seja julgado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário