O juiz José Ribamar Goular Heluy
Júnior, titular da 4ª Vara do Tribunal do Juri, foi obrigado a adiar para 5 de
março do ano que vem o juri do empresário Pedro Teles, e dos pistoleiros Moises
Alexandre Pereira e Raimundo Pereira. Teles é acusado pelo Ministério Público
de ter contratado os dois últimos para matar o trabalhador rural Miguel Pereira
Araújo, o Miguelzinho, que teria invadido terras do empresário em Barra do
Corda.
O julgamento aconteceria hoje, mas
foi adiado porque o advogado do empresário encaminhou atestado médico
informando estar doente. Ele foi multado em 40 salários mínimos pelo juiz, por
só ter comunicado a suposta enfermidade no dia da sessão. Os advogados dos dois
pistoleiros também não aparecerem.
Para evitar que isso ocorra
novamente, José Heluy Júnior já notificou a Defensoria Pública do Estado para
que, na sessão do júri do ano que vem, deixe defensores estaduais de prontidão
para fazer as vezes dos advogados, se eles voltarem a faltar.
Manobra
Além dessa manobra, os advogados dos
acusados já haviam tentado protelar o julgamento de outra forma. Eles
arrolaram, em outubro, uma testemunha que mora em Pedreiras. José Itamar Batista
Pinheiro ainda não foi intimado.
Pediu-se, então, o adiamento do
julgamento. Mesmo assim, o juiz decidiu, semana passada, abrir a sessão, como
marcado, o que ocorreu às 8h30. A próxima sessão, em 2013, está marcada para o
mesmo horário.
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