De acordo com a PF, a organização agia
em mais de uma centena de cidades.
Agência Brasil
De acordo com a PF, a organização agia
em mais de uma centena de cidades dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo,
São Paulo, Pará, Sergipe, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba,
Maranhão e Bahia, por meio de fraudes em processos licitatórios destinados à
aquisição de precatórios judiciais.
A PF informou que cerca de 100 policiais
estão dando cumprimento simultâneo a 53 mandados judiciais: 20 de busca e
apreensão, 21 de sequestro de valores, bens móveis e imóveis, três de condução
coercitiva e nove de prisão temporária.
A ação da PF conta com a participação do
Ministério Público de Minas Gerais e da Receita Federal do Brasil. Segundo a
PF, a atuação da organização criminosa, pela complexidade, será julgada tanto
pela Justiça Federal, quanto pela Justiça Estadual.
De acordo com a PF, a quadrilha, formada
por empresas, pessoas físicas, servidores públicos e ex-prefeitos, fraudava
processos licitatórios, direcionando as contratações a uma das empresas
integrantes da organização criminosa. “Essa empresa vencia as licitações com o
compromisso de fazer a compensação entre precatórios judiciais e as dívidas das
prefeituras, sob o argumento de uma economia de até 30% sobre os valores
devidos ao INSS [Instituto Nacional do Seguro Social], prática proibida
expressamente pela lei”, diz a PF.
Segundo a PF, os municípios mineiros
que, até o momento, sofreram com a ação do grupo criminoso foram: Águas
Vermelhas, Capelinha, Caratinga, Ipatinga, Itambacuri, Janaúba, Montes Claros,
Pirapora, Rio Pardo de Minas, Várzea da Palma, Varzelândia. Também houve
atuação do grupo, segundo a PF, no Consórcio intermunicipal de Saúde da Rede de
Urgência do Norte de Minas (Cisrun). De acordo com a PF, somente em Minas
Gerais foram desviados mais de R$ 70 milhões de reais.
A PF informou também que a lista com os
nomes de outros municípios que surgiram durante as investigações, bem como as
provas colhidas serão compartilhadas com a Receita Federal, Controladoria-Geral
da União, Tribunal de Contas da União, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
Tribunais de Contas dos estados lesados, Receitas Estaduais, Polícias Civis e
Ministério Público Federal, a fim de subsidiar os eventuais procedimentos
administrativos, inquéritos e investigações desses órgãos, com a finalidade de
se promover a recuperação do dinheiro público desviado.
Os presos responderão por crimes contra
a administração pública, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem
de dinheiro, fraude às licitações, corrupção ativa e passiva, dentre outros.
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