
Espontaneamente as pessoas
ocuparam a Praça Deodoro, que já foi palco de protestos históricos e que
mudaram os rumos do país, como a luta contra a Ditadura Militar de 1964, a
favor das Dietas Já e pela redemocratização do Brasil. Desta vez, a população
reúne-se pela manutenção da Democracia, que julgam em estar em risco, com a
possibilidade da retirada da presidenta Dilma Rousseff, eleita com pelo voto
popular em 2014.
Estiveram na manifestação de São
Luís adultos e jovens, apartidários e militantes políticos, pessoas ligadas aos
diferentes movimentos sociais, como LGBT, Pessoa Idosa, Pessoa com Deficiência,
Criança e Adolescente, Mulher, Juventude, Igualdade Racial e Povos Indígenas.
Uma união da diversidade, pedindo respeito ao voto e enxergando que a retirada
arbitrária da presidente representa um golpe claro, movido pelos setores
conservadores da sociedade.
Para o presidente estadual do
PCdoB, Márcio Jerry, o ato na Praça Deodoro, palco de lutas históricas,
representa a força da luta pela manutenção da democracia. “Sinto-me gratificado
em estar em tantas e tão boas companhias na defesa de algo tão essencial que é
a democracia. Retroceder, jamais!”.
Integrante da Central de
Movimentos Populares, Carlito Reis, acredita que o movimento desta sexta-feira,
observado em todo o país, mostra a força do povo, aguerrido pela defesa dos
direitos sociais que foram alcançados nos últimos anos. “A gente sempre entendeu
que só com a força e a luta é possível resistir à investida da direita, que vai
além da defesa de um mandato ou de um cargo. O que está em jogo são nossos
direitos sociais, conquistados com a Constituição”, defendeu Carlito.
A estudante Jaine Santos, ainda
muito jovem, não experimentou os anos repressão que o país viveu em tempos de
ditadura militar, mas teme que, com a consolidação do impeachment, possa estar
chegando um momento de grande retrocesso político e social.
“Passamos muito tempo nos organizando
e lutando para conquistar mais direitos, direitos para o protagonismo juvenil
e, simplesmente, hoje temos uma bancada da direita, conservadora, no Congresso
e no Senado, que quer acabar com todos os direitos conquistados”, destacou a
estudante, lamentando as manobras políticas que deputados e senadores de
oposição fazem para retomar o poder.

“É um momento muito importante
e especial porque as pessoas precisam estar na rua para dizer não ao golpe. Não
vai ter impeachment. Estamos aqui para dizer que não vamos aceitar de maneira
nenhuma. Não vamos sair das ruas, porque não aceitamos que um juiz seja maior
que a Justiça”, garantiu a líder da CUT.
Legalidade
Presente na manifestação na
Praça Deodoro, o professor de Direito, Mário Macieira, alertou sobre a
legalidade do impeachment da Presidente.
“Do ponto de vista jurídico, é claro
que não existe elemento para o impeachment. Não existe um crime de
responsabilidade que possa ser atribuído à presidente, isso é claro. E o pedido
de impeachment formulado perante a Câmara, aceito pelo Eduardo Cunha como clara
retaliação à Dilma é um pedido sem fundamentação jurídica para tirá-la do
mandato que conquistou com a vontade soberana do povo”, explicou Mário.
Segundo ele, outro aspecto
preocupante do pedido de impeachment – além da própria manobra política que
está sendo articulada – é a forma que a Justiça está conduzindo um processo que
viola o principio da imparcialidade do Poder Judiciário.
“Um aspecto que também
preocupa é a partidarização do Judiciário no Brasil, que está sendo conduzido
de maneira claramente parcial, contra um partido, contra um Governo, contra as
lideranças de esquerda do país e fazendo de conta que não ouve e não vê as
delações que atingem as lideranças de outros partidos”, relatou o advogado.
Também estiveram presentes no
movimento, em São Luís, militantes do PCdoB, PT e PSOL, de movimentos sociais
como Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), CUT, União
Nacional dos Estudantes (UNE), UBES, UJS, Fetaema, Central dos Sindicatos
Brasileiros (CSB), MST.
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