Segundo Dino, o principal problema político do Brasil é o crescimento avassalador de movimentos com ideologia fascista. "São grupos inorgânicos, rejeitando líderes, mas ao mesmo tempo em busca de um führer, de um condutor. Outrora foram as Forças Armadas, hoje é a toga", afirmou.
O Estado de S. Paulo
São Paulo - O governador do
Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse nesta sexta-feira, 18, em evento promovido
pela Carta Capital, que a comissão especial que analisa o impeachment da
presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados começou muito mal, pois
cometeu uma irregularidade ao apensar ao processo a delação premiada do senador
Delcídio Amaral.
"O suposto processo de
impeachment tem de ser denunciado e enfrentado, para que se dê nos termos da
legalidade. A comissão ontem começou mal. O impeachment é um processo de
punição por crime de responsabilidade", comentou.
Ele lembrou que Dilma é acusada
no processo de ter cometido as pedaladas fiscais. "Essa é denúncia
recebida formalmente, restrita a esse tema, mas a comissão apensou a delação do
Delcidio Amaral. Delação premiada não é prova e nada tem a ver com pedaladas
fiscais. É um elemento estranho no processo", explicou.
Segundo Dino, o principal
problema político do Brasil é o crescimento avassalador de movimentos com
ideologia fascista. "São grupos inorgânicos, rejeitando líderes, mas ao
mesmo tempo em busca de um führer, de um condutor. Outrora foram as Forças Armadas,
hoje é a toga", afirmou.
Segundo o governador, exemplo
disso é o episódio das escutas telefônicas, com a divulgação dos diálogos entre
Dilma e o ex-presidente Lula, "que descumpriram várias regras
jurídicas". O governador diz que o Estado tem o dever de conter grupos
violentos, defendendo a legalidade e a constitucionalidade.
O político do PCdoB também
criticou a proposta de semipresidencialismo que está sendo discutida atualmente
no Congresso. Para ele, só é possível imaginar o semipresidencialismo ou semiparlamentarismo
se o chefe de Estado puder dissolver o Parlamento e convocar novas eleições, o
que o projeto em discussão não prevê. Além disso, o regime presidencialista no
Brasil foi escolhido em plebiscito, derivado este da Constituição, por isso não
se pode alterá-lo assim.
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