Presidenta
Dilma afirmou a jornalistas que o governo vai propor um pacto com todas as
forças políticas do País.
Dilma Rousseff em entrevista a jornalistas |
A
presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (13), em entrevista aos
principais veículos de comunicação do País, que o governo tem todas as
condições de barrar, na Câmara dos Deputados, o processo de impeachment. Dilma
adiantou também que, após o processo, irá propor um pacto com todas as forças
políticas do Brasil.
“Agora
te digo qual é meu primeiro ato pós-votação na Câmara: a proposta de um pacto,
de uma nova repactuação entre todas as forças políticas, sem vencidos e
vencedores. Seja na Câmara, seja pós-Câmara, mas também pós-Senado. No
pós-Senado é que isso será mais efetivo“, explicou.
De
acordo com ela, esse pacto tem de envolver também outros setores da sociedade.
“Quem pode recuperar são as pessoas, os empresários, os movimentos sociais,
oposição, os contra mim, os a favor. Eles que são importantes. Se não pactuar,
não tem saída. Tem de sentar e escutar as propostas deles e botar o trabalhador
na mesa“.
Ela
enfatizou ainda que “vai lutar até o último minuto do último tempo”, por
acreditar que seja possível vencer a “tentativa de golpe”. A presidenta voltou
a falar sobre repercussão em torno do vazamento de áudio envolvendo o
vice-presidente da República. E explicou que, na prática, esses setores estão
tentando fazer uma eleição indireta por meio de um processo de impeachment.
“Nessa circunstância em que vivemos, sem a legitimidade do voto, [estão]
tentando transformar um impeachment numa eleição indireta de quem não tem voto.
Tem gente tentando, através do impeachment, fazer uma eleição indireta daqueles
que não têm voto, uma eleição perigosíssima“.
Dilma
também relacionou a crise econômica brasileira com a crise política e
responsabilizou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, por esse processo. De
acordo com a presidenta, a capacidade da recuperação da economia nacional
mostrou-se limitada por conta dos constantes problemas políticos criados no
Congresso. Ela citou como exemplo as chamadas ‘pautas-bomba’, colocadas em
votação pelo presidente da Câmara.
“É
importantíssimo que não se tenha a forma de organização que há na Câmara dos
Deputados com o atual presidente da Câmara dos Deputados. Esse presidente da
Câmara dos Deputados é dos grandes responsáveis pelas ‘pautas-bomba’, é um
grande responsável pela não votação de reformas“, disse.
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