Julgamento
na Casa está marcado para começar dia 25 de agosto; ainda não se sabe se ela
abrirá espaço para perguntas dos senadores

Carla Araújo,
O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA – Um dia após ler a sua
mensagem aos senadores e ao povo brasileiro, a presidente afastada Dilma
Rousseff decidiu nesta quarta-feira, 17, que irá ao Senado fazer sua defesa. A
informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da petista.
Conforme revelou a Coluna do
Estadão, Dilma já está redigindo o seu pronunciamento e no Senado terá a a
opção de apenas discursar e se retirar da sessão.
O julgamento final do
impeachment começa no dia 25 a presidente afastada só se manifestará após todas
as testemunhas de defesa e acusação.
Carta
Nesta terça, 16, durante a
leitura da carta, Dilma defendeu a convocação de um plebiscito para encurtar o
seu mandato e antecipar as eleições de 2018, pregou um pacto pela unidade
nacional e disse que sua deposição seria um “inequívoco golpe”. Dilma se
definiu como “honesta e inocente”, admitiu erros e afirmou não ser legítimo
afastá-la pelo “conjunto da obra”.
“Não é legítimo, como querem os
meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”
(...). Por isso, afirmamos que, se consumado o impeachment sem crime de
responsabilidade, teríamos um golpe de Estado”, disse a petista. “O colégio
eleitoral de 110 milhões de eleitores seria substituído, sem a devida
sustentação constitucional, por um colégio eleitoral de 81 senadores. Seria um
inequívoco golpe seguido de eleição indireta.”
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