O promotor
de Justiça Paulo Ramos, titular da 2º Promotoria de Justiça de Defesa da ordem
Tributária e Econômica de São Luís, voltou a ratificar que os crimes imputados
aos integrantes da organização criminosa que agiu na Secretaria de Estado da Fazenda,
no período de 2009 a 2014, e que provocou rombos de mais de R$ 410 milhões, estão
todos comprovados com vasta documentação e são irrefutáveis.
Durante
entrevista ao programa do Ministério Público, na rádio Jovem Pan/São Luís, na manhã
desta segunda-feira (7), ele disse que houve uma aparência de legalidade nas
fraudes fiscais para que fossem beneficiados grupos empresariais. “Se a
governadora não tivesse homologado pareceres manifestamente ilegais dos
procuradores do Estado, isso não teria acontecido. Houve o beneplácito do
governo”, disse ele.
Para
ele, a Procuradoria Geral do Estado já tinha uma orientação institucional para
não se autorizar esse tipo de compensação, em razão da carência de lei
estadual. “Os procuradores ignoraram essa orientação, violaram a lei, com algum
interesse”, acrescentou.
Paulo
Ramos ressalta que o Ministério Público vai atuar como deve atuar: comprovar a
conduta delituosa.
“Será
uma batalha difícil, pois envolvem pessoas que têm destaque na sociedade e
algum tipo de poder. O que queremos é que o processo seja célere. Eu quero que
todos esses que eu denunciei sejam condenados, na medida em que a função do
promotor é essa: só denunciou porque tinha elementos para denunciar, com
convicção que eles cometeram crimes. Como a Constituição estabelece, é preciso
haver o contraditório. Ao final, vamos ratificar o pedido de condenação de
todos os denunciados”, ressaltou.
Finalizando,
o promotor destacou a coragem da juíza Cristiana Ferraz, que aceitou a denúncia
contra a denominada “Máfia da Sefaz”.
“Fico
feliz pela independência da Dra. Cristiana Ferraz, juíza que conheci há pouco
mais de 10 dias. É uma pessoa jovem, corajosa e independente, que muito bem
representa o Poder Judiciário”, destacou o promotor.
São
réus no caso “Máfia da Sefaz” Claudio José Trinchão Santos, Akio Valente
Wakiyama, Raimundo José Rodrigues do Nascimento, Edimilson Santos Ahid Neto,
Jorge Arturo Mendoza Reque Junior, Euda Maria Lacerda, Roseana Sarney Murad,
Marcos Alessandro Coutinho Passos Lobo, Helena Maria Cavalcanti Haickel e
Ricardo Gama Pestana.
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