Na
semana passada, PSOL protocolou pedido que não foi aceito; PT e PCdoB usarão
como argumento conflito gerado entre os ex-ministros Marcelo Calero e Geddel
Vieira Lima
Daniel Weterman,
O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Os partidos de oposição PT e
PCdoB prometem apresentar nesta terça-feira, às 15h, mais um pedido de abertura
de processo de impeachment do presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos
Deputados. Na semana passada, o PSOL protocolou o primeiro pedido com teor
semelhante.
O PT informou, através de sua assessoria
de imprensa, que o pedido vai ser apresentado na mesa diretora da Casa e é
assinado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e juristas,
como Marcelo Neves e Cláudio Fonteles, que foi procurador-geral da República
durante o primeiro mandato do governo Lula.
Segundo o partido, o pedido de
afastamento do presidente se baseia no envolvimento do peemedebista no conflito
gerado entre o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, e o ex-ministro da
Secretaria de Governo, Geddel Veira Lima.
"A fundamentação do pedido se
baseia no envolvimento de Temer em crime de responsabilidade e advocacia
administrativa, quando o presidente golpista pressionou o ex-ministro da
Cultura, Marcelo Calero, a 'achar uma solução' para a solicitação do ministro
da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, que queria a liberação de uma
obra embargada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan), pois teria interesses particulares no prédio", afirma a legenda.
O pedido do PSOL também aponta para
crime de responsabilidade no envolvimento de Temer com uma "questão
participar" de Geddel.
O líder do PT na Câmara, Afonso
Florence, afirmou através da assessoria do partido que a ação não é política,
mas é a constatação de que houve crime de responsabilidade. O senador Lindbergh
Farias (PT-RJ) disse que os parlamentares não vão assinar o pedido, apenas
apoiar, para que não fiquem impedidos de participar do processo, inclusive das
votações.
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