De acordo com a PF, a OAS pagou R$ 650 mil diretamente a Alves e R$ 3 milhões ao diretório estadual do PMDB. A Odebrecht, por meio de caixa 2, pagou outros R$ 3 milhões. A Carioca Engenharia repassou R$ 400 mil a ele e a Andrade Gutierrez, R$ 100 mil.
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O ex-ministro e ex-presidente da Câmara
saiu de casa sob vaias e gritos de "ladrão".
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Renata Moura
colaboração para a Folha, em natal
Preso na manhã desta terça-feira (6), o
ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB) é suspeito de ter recebido R$
7,15 milhões em propinas, diretamente ou por meio do diretório Estadual do PMDB
do Rio Grande do Norte.
Alves foi conduzido para a sede da
Polícia Federal em Natal e deverá permanecer preso no Rio Grande do Norte, sob
suspeita de ter cometido crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo a investigação do Ministério
Público Federal, o ex-deputado teria se beneficiado de contratos com
empreiteiras. O principal deles é o da construção da Arena das Dunas, em Natal,
pela OAS.
Há indícios de ação constante de Alves
para dificultar a apuração de irregularidades nessa obra que teriam atrasado a
apuração dos desvios.
"Esses acordos tinham como pano de
fundo trocas de vantagens indevidas. Percebeu-se manobra fraudulenta para que o
dinheiro não fosse para campanhas. Dinheiro que ingressava com roupagens de
doação, mas que teve como destino o próprio candidato. Para dar aparência de
legalidade foram montadas prestações de conta que são ficções, por meio de
empresas laranjas que não prestaram serviço", afirmou o delegado da
Polícia Federal Santiago Hounie.
De acordo com a PF, a OAS pagou R$ 650
mil diretamente a Alves e R$ 3 milhões ao diretório estadual do PMDB. A
Odebrecht, por meio de caixa 2, pagou outros R$ 3 milhões. A Carioca Engenharia
repassou R$ 400 mil a ele e a Andrade Gutierrez, R$ 100 mil.
Parte dos recursos teria sido sacada na
véspera das eleições ao governo do Rio Grande do Norte e teria sido usada para
compra de votos e apoio político, segundo o procurador da República Rodrigo
Teles.
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