O juiz
da 1ª Vara do Tribunal do Júri do Piauí, Antônio Nollêto, determinou a soltura
do ex-tenente do Exército, José Ricardo da Silva Neto, que confessou ter
assassinado a tiros sua namorada, a estudante maranhense Iarla Lima Barbosa, de
25 anos, na zona leste de Teresina, no dia 19 de junho de 2017.
A
decisão judicial é da última sexta-feira (2) e desde então o ex-tenente do
Exército encontra-se em liberdade condicional. (leia
a íntegra da decisão do juiz)
O juiz
determina como medidas cautelares que José Ricardo não pode se ausentar
temporariamente ou definitivamente do município de sua residência, sem a devida
autorização do Juízo; deve comparecer a todos os atos do processo para os quais
for intimado; comparecer mensalmente perante o juízo da Comarca de Recife (PE),
para informar e justificar as suas atividades; recolhimento domiciliar no
período noturno, a partir das 20h; não se envolver em nenhum outro delito e não
frequentar casas de eventos.
José
Ricardo estava preso desde o dia do crime quando foi encontrado no condomínio
onde morava, no bairro Santa Isabel. No carro, no mesmo local, ainda estava o
corpo da jovem morta. Com ele foi apreendida a arma do crime, uma pistola calibre
380.
A
advogada da família Karla Oliveira, explica que a medida já era esperada pelos
familiares. "Causa aquela sensação de impunidade e de indignação, mas o
Dr. Nollêto tão somente cumpriu a lei que determina que tendo bons antecedentes
criminais, ele pode aguardar o Júri em liberdade", explicou a advogada.
O
promotor Ubiraci Rocha informou que está de férias e ainda não tomou
conhecimento da decisão. Ele disse que ao retornar analisará a decisão para as
devidas providências.
O crime
O crime
ocorreu na madrugada de 19 de junho de 2017, na saída de um bar na zona Leste
da capital.
A
estudante teria discutido com o namorado em um bar da zona leste de Teresina, e
após o incidente, o tenente José Ricardo da Silva Neto saiu do bar com a
namorada e mais duas moças.
Dentro
do carro, ainda próximo do bar, o tenente sacou uma arma a atirou na namorada e
nas duas moças que estavam dentro do veículo. Durante a discussão, ele disparou
acidentalmente contra si e foi ferido na perna.
O
tenente do exército foi preso no condomínio onde morava em um bairro de
Teresina. No carro, que estava estacionado no mesmo local, ainda estava o corpo
da jovem morta. Com ele a arma do crime, uma pistola calibre 380, foi
apreendida.
Iarla
foi sepultada no município de Governador Eugênio Barros, a 372 km de São Luís,
no dia 20 de junho.
Família lamenta
Procurado
pelo Cidadeverde.com, o primo de Iarla, Jordy Mesquita afirmou que a família
está abalada com a informação e desabafa. "Sentimento de dor, impunidade e
revolta é o que fica", disse o jovem.
No
Facebook, Denis Lima da Silva, tio de Iarla, desabafa: “Como acreditar em uma
justiça que manda soltar um assassino desse, frio calculista um filho do cão...
só no Brasil mesmo pais de terceiro mundo pais das injustiça...”
Ministério Público
O
Ministério Público do Piauí denunciou o ex-tenente à Justiça por feminicídio.
Na
denúncia, Ubiraci Rocha destacou que o crime foi cometido pelo menosprezo ou
“discriminação à condição de mulher, haja vista a expressa manifestação de
poder do acusado sobre a vítima, uma vez que estes mantinham uma relação
amorosa (namorados), há apenas sete dias”.
O
ex-oficial também foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado pelo
feminicídio de Josiane Mesquita da Silva e Ilana Lima Barbosa, amiga e irmã,
respectivamente, de Iarla que também teriam sido baleadas por ele.
O
ex-tenente é natural da cidade de Recife/PE.
Esse criminoso tem que ser expulso do exército, e condenado pelo júri popular a 30 anos de reclusão por cada crime cometido.
ResponderExcluirQue absurdo. O minimo o exercito devria expulsar um safado, criminoso e calculista. Matou uma e tentou matar as testemunhas. Se fosse um analfabeto, ia morrer na preso.
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