"Se
eu chegar lá, você cidadão de bem, em um primeiro momento, vai ter isso aqui em
casa", afirma, mostrando uma pistola. "Você, produtor rural, vai ter
isso aqui também", segue, erguendo o fuzil.
Em vídeo que circula nas redes sociais,
Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República, visita um stand da
fabricante de armas Taurus e, negando ser “garoto propaganda” da marca,
apresenta um fuzil e uma proposta. O militar da reserva diz ainda que, em um
eventual mandato seu, vai liberar o porte de armas.
“Se eu chegar lá, você cidadão de bem,
em um primeiro momento, vai ter isso aqui em casa”, afirma, mostrando uma
pistola. “Você, produtor rural, vai ter isso aqui também”, segue, erguendo o
fuzil.
Ao final, o candidato, que se diz
“amante das armas”, afirma que: “povo armado jamais será escravizado”
Indústria
de armas
Depois que Bolsonaro assumiu a liderança
na corrida presidencial, as ações da Taurus mais que dobraram de valor no
mercado financeiro. Entre agosto e setembro, a alta foi de 140%. Nos últimos
dois dias, a alta foi de 19,9%, a segunda maior da Bovespa, ficando atrás
somente das ações do Banco do Brasil.
Bolsonaro é um dos defensores do Projeto
de Lei 3722, que institui o Estatuto do Controle de Armas de Fogo, que, na
prática, revoga o Estatuto do Desarmamento. Caso o projeto seja aprovado, passa
a ser responsabilidade da Polícia Civil, em conjunto com o Sistema Nacional de
Armas, a emissão do registro e porte de armas de fogo. O PL também sugere a
extinção da obrigatoriedade de renovação do registro de arma de fogo a cada
três anos, tornando-o definitivo.
Em 2014, a Taurus doou R$ 870 mil aos
candidatos que compõem a “bancada da bala” no Congresso Nacional – quase metade
dos cercade R$ 2 milhões doados pela indústria de armas. Onix Lorenzoni (DEM),
um dos principais articuladores da campanha Bolsonaro, foi um dos beneficiados.
Em entrevista ao Congresso em Foco, o
cientista política Marcelo Fragano, que tem um estudo sobre o tema, afirma que
Bolsonaro nem precisou receber. “O [deputado Jair] Bolsonaro, por exemplo, nem
precisa receber doação de campanha, porque ele faz [a defesa de interesses da
indústria das armas] por ideologia”, disse.
Com informações da Revista Fórum
Com informações da Revista Fórum
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