Mais um vazamento divulgado nesse domingo
(18) pelo The Intercept Brasil, em parceria com o jornal Folha de S.Paulo,
revelou que os procuradores da Operação Lava Jato agiram à margem da lei para
obter informalmente dados sigilosos da Receita Federal, sobretudo nos processos
que envolviam o ex-presidente Lula.
Ex-juiz federal, o governador do Maranhão,
Flávio Dino, diz que as condutas devem favorecer o acusado, no caso, o
ex-presidente Lula.
“Problema de Direito Constitucional.
Provas que alegam ser ilícitas, derivadas de supostos hackers, mostram o uso em
processo judicial de provas certamente ilícitas: quebra de sigilo fiscal sem
ordem judicial. Qual o direito fundamental prevalece? O direito à liberdade do
acusado”, publicou o governador no Twitter.
Segundo a reportagem, os procuradores
contaram com a cooperação do auditor fiscal Roberto Leonel, que chefiou a área
de inteligência da Receita em Curitiba até 2018 e assumiu a presidência do Coaf
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras) no governo Jair Bolsonaro
(PSL).
A força-tarefa pediu a ele que levantasse informações sobre uma nora de Lula, o caseiro do sítio de Atibaia (SP) frequentado pelo ex-presidente, caso que levou à sua segunda condenação na Justiça. Ainda foram levantadas informações sobre o patrimônio dos seus antigos donos e compras que a mulher do líder petista, Marisa Letícia, teria feito nessa época.
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