Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 5 de maio de 2020

“A Nova República morreu, quem enterrou foi a Lava Jato e o que sobrou disso tudo é o Bolsonaro”, diz Flávio Dino em debate da FGV


Em debate promovido pelo canal do YouTube da FGV, o governador Flávio Dino falou que o que Bolsonaro faz não é impulsividade, é um planejamento para promover o caos. “Ele tem carências gerenciais e precisa esconder isso de alguma maneira”, diz o governador do Maranhão.

Durante o programa, Dino afirmou que Bolsonaro não é alguém que representa entidades empresariais ou lideranças de um segmento de classe. “Ele é fruto de um fenômeno de massas sustentado por robôs, fake news e um discurso marcado pela agressividade. Isso o condena a ser o que ele é”, diz Dino, lembrando que o problema é ser tudo isso quando se é presidente da República.

“O presidente tem funções simbólicas fortes, a palavra presidencial é um poder. Se o presidente destrata um jornalista, no dia seguinte um apoiador seu chuta o jornalista porque a palavra presidencial induz a isso”, garante o governador.

Ao lado do governador do Goiás, Ronaldo Caiado, Flávio Dino discutiu sobre o Covid-19 e a crise do federalismo brasileiro, em debate promovido pela FGV e transmitido ao vivo nesta terça-feira (5). Os dois representantes do executivo estadual destacaram a ação dos governadores em detrimento da ausência de coordenação nacional do Governo Federal diante da pandemia que assola o país.

“Como falta essa coordenação  na dimensão vertical, resta explorar ao máximo o federalismo horizontal ou regional. Temos um antecedente histórico  que é a Sudene, do Celso Furtado, no governo Juscelino Kubitscheck. Uma organização tão poderosa que sobreviveu há muitas mudanças políticas, de Juscelino a Bolsonaro. Certamente os consórcios são boas sementes, essas parceiras vão se estabelecer e mostrar que esse é o caminho para o federalismo brasileiro” concluiu Dino.

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