Rádio Voz do Maranhão

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Após 30 dias, o mistério continua: onde está o jovem com deficiência que sumiu de casa, foi conduzido pela PM, mas continua desaparecido?

Nesta quarta-feira (6), o desaparecimento do jovem Marcelo Melo Machado, de 24 anos, deficiente mental, está completando 30 dias.

Marcelo saiu de sua residência, na Rua 4, casa 24-B, na Gancharia, região do Anjo da Guarda, no dia 6 setembro e não mais retornou.

No dia 20 de setembro, a mãe do jovem, Mirian Costa Melo, recebeu vídeo e fotos que mostravam o filho na localidade Pindoba, em Paço do Lumiar, sendo levado por uma guarnição da PM, que foi ao local após ser acionada pelo Ciops.

Em uma das imagens, feitas dia 9 de setembro, Marcelo está sentado, encostado em um poste, com as mãos livres. Em seguida, ele já aparece sendo levado para a viatura, com as mãos amarradas por uma corda.

Segundo a PM, a guarnição foi acionada porque Marcelo estaria tentando adentrar as casas e aparentava estar sob efeito de alguma substância. A mãe disse que isso poderia ser em decorrência da falta de medicamentos controlados que ele toma, pois Marcelo não é usuário de nenhum tipo de droga.

Em vez de levar o jovem para uma delegacia da área, onde seria feito o levantamento de toda a situação e tentativa de localizar familiares, os policiais o abandonaram pelo caminho.

Investigação

O desaparecimento de Marcelo Melo está sendo apurado pelo Comando da Polícia Militar e a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios. Dois policiais militares do 22º BPM já prestaram depoimento. Eles aparecem em vídeo, na Pindoba, em Paço do Lumiar, colocando o jovem amarrado na viatura.  

O Comando da PM determinou a abertura de um procedimento administrativo para apurar a conduta dos dois policiais. “Não é procedimento da PM deixar pelo caminho uma pessoa conduzida. O correto é levá-la a uma delegacia para apuração dos fatos”, disse uma fonte do blog.

Ao mesmo tempo, foi aberta investigação na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mesmo não tendo confirmação de morte. Os dois policiais foram arrolados como testemunhas.

Recompensa?

A mãe de Marcelo, Mirian Melo, recebeu de um dos policias uma foto do jovem com a oferta de R$ 500,00 de recompensa para quem passar informações sobre o paradeiro dele. Em contato com o blog, ela disse que essa foto tem sido enviada pelo WhatsApp, mas não é iniciativa da família 

“Eu fiquei surpresa quando recebi a foto de meu filho com essa oferta de recompensa de R$ 500,00. Pra cachorro perdido, chega a ter recompensa de R$ 5 mil. Sei que um dos telefones de contato pertence a um dos policiais que o colocaram numa viatura. Somente eles podem revelar o que aconteceu com meu filho. Eles já prestaram depoimento, mas as informações são desencontradas. Dizem que deixaram Marcelo com duas pessoas. Quais foram essas pessoas?”, questiona a mãe.

A mãe acrescenta que, quando esteve no 22º BPM, em contato com um dos policiais que fizeram a condução de Marcelo, tomou conhecimento que, no dia seguinte, Marcelo teria sido visto em companhia de ‘Júnior Fritão’, que seria comandante de uma facção criminosa da área.

“Quem é esse Júnior Fritão? Se sabem que Marcelo estava com ele, porque não o investigam? Lá na região ninguém confirma essa informação de que meu filho tenha sido visto com traficante, mesmo porque ele não gosta de andar com outras pessoas. Sem medicação, ele fica agressivo”, acrescenta a mãe.

A família tem mantido contato com o comandante da PM, mas espera ser recebida pelo secretário de Segurança, Jefferson Portela.

Quem tiver informações sobre o paradeiro do jovem, pode entrar em contato com Miriam (mãe) pelo celular 98487-4724.

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2 comentários:

  1. ...Os policiais o abandonaram pelo caminho...kkkkkkk ...esse trecho é uma graça kkkkkk...se a Polícia civil estivessem atuante no caso,JÁ teriam descoberto tudo e um pouco mais....a real é que o ESTADO não dará a mínima pro caso,porque NINGUÉM BRIGA COM COOPERATIVISMO...ESTÁ ACIMA DO ESTADO.

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  2. O coorporativismo está acima da palavra dos governadores principalmente quando se trata de Nordeste brasileiro.

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