Os familiares viviam
em situação extrema de vulnerabilidade e vitimização, a mercê dos abusos
sexuais praticados pelo investigado.
Um homem foi preso, nessa
quinta-feira (7), pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável, na cidade de
Rosário, a 72 km de São Luís, em cumprimento a mandado de prisão preventiva.
Segundo a Polícia Civil, o investigado vinha praticando reiterados atos de
violência sexual e psicológica contra a cunhada, enteada, sogra e todos os seus
filhos.
De acordo com a delegada Tatyani Porto Fraga, titular da Delegacia Especial da Mulher do Município de Rosário, as denúncias já haviam sido feitas há alguns anos, quando ela ainda não estava na delegacia, e nunca conseguiram ser comprovadas.
“Recentemente, chegaram novas denúncias.
E, com o auxílio do Conselho Tutelar de Icatu, começamos a pedir exames físicos
e psicológicos. E foi aí que começamos a coletar os indícios de que os fatos
que eram denunciados eram verdade”, disse a delegada.
De acordo com as provas apuradas, com
base em depoimentos das vítimas e o relatório social elaborado pela equipe
técnica do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) de
Rosário, os familiares viviam em situação extrema de vulnerabilidade e
vitimização, à mercê dos abusos sexuais praticados pelo investigado.
A delegada afirma que ficou
comprovado que houve o estupro da cunhada, que acabou engravidando e doou a
criança. A filha dessa cunhada também foi violentada. Ela foi a primeira ouvida
e relatou que o homem estuprava a mãe dela, a prima, que também engravidou
dele.
“A prima, que é enteada do agressor,
confirmou a gravidez e que tinha abortado recentemente. Foi relatado que um dos
meninos da casa também havia sido estuprado pelo autor e chegou até a adoecer,
não conseguia andar direito. Esse fato nós não sabíamos e vamos investigar
agora. A gente apurou que ele se achava o homem da casa e que todas as pessoas
que estavam ali deveriam servir a ele como ele quisesse”, relatou Tatyani
Porto.
A sogra, a filha biológica também
chegaram a ser vítimas de violência sexual e, assim como as outras vítimas,
também sofriam agressões físicas e psicológicas.
“Nós identificamos que eles têm um
grau de deficiências mental, um retardo, não uma incapacidade total, não algo
que os impeçam de entender, de se lembrar de conversar. Mas existe um grau de
deficiência que talvez tenha ajudado o crime ocorrer durante todos esses anos.
E essa deficiência eu identifiquei na família da mãe. No autor não
identificamos nada nesse sentido”, destacou a delegada.
Ainda segundo a polícia, foi possível
constatar a gravidade dos crimes devido ao número de vítimas e pelo modus
operandi das ações praticadas. O homem se valia do vínculo familiar, no qual
possui com as vítimas — cunhada, enteada e filhos — e pelo fato de conviverem
na mesma residência, para cometer os atos de abusos sexuais, ao que tudo
indica, de forma continuada e no âmbito doméstico.
“Inicialmente chegou até nós que ele
havia estuprado a cunhada, irmã da esposa dele, e, possivelmente uma sobrinha,
filha dessa cunhada e uma enteada. E nas oitivas no Creas de Rosário, todos os
envolvidos foram acompanhados por psicólogos para que houvesse o menor dano
possível. E se confirmaram todos os relatos de agressões sexuais. Em seguida,
buscando provas físicas, testemunhais, porque infelizmente o estupro que
acontece sem testemunhas, em locais ermos, dentro de casa. Acontece de uma
forma que as pessoas não veem, sendo muito difícil conseguir uma testemunha
para estupro”, explicou a delegada Tatyani Porto.
Com informações de G1 MA
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