Júnior Garimpeiro
estava com a prisão preventiva decretada há duas semanas. Ele é um dos
responsáveis por mais de 60 mil hectares desmatados para abertura de garimpos
ilegais de ouro, em Centro Novo do Maranhão.
Foi preso, na última quinta-feira
(28), o prefeito da cidade de Centro Novo do Maranhão, Júnior Garimpeiro (PP),
que estava foragido desde o último dia 15 de setembro.
Segundo a Polícia Federal, Júnior
Garimpeiro é um dos responsáveis por mais de 60 mil hectares desmatados para
abertura de garimpos ilegais de ouro, com uso de substâncias tóxicas, na região
de Centro Novo do Maranhão, cidade que fica a cerca de 257 km de São Luís.
Júnior Garimpeiro estava com a prisão
preventiva decretada há duas semanas, quando a Polícia Federal fez a operação
Curimã, com objetivo de desarticular uma organização criminosa que estaria
desmatando extensas áreas e transformando em garimpos ilegais de ouro na região
de Centro Novo do Maranhão.
O prefeito se entregou na Sede da
Polícia Federal, no bairro da Cohama, sendo encaminhado ao Completo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís.
Durante a operação, foram cumpridos,
no Maranhão e no Estado do Pará, 19 mandados de busca e apreensão e cinco de
prisão preventiva expedidos pela Justiça. Um dos alvos da operação foi o
prefeito Júnior Garimpeiro, que não havia sido localizado e passou a ser
considerado foragido da Justiça.
A PF também apreendeu dois veículos
novos, escavadeiras usadas na retirada ilegal de ouro, 250 munições, oito armas
de fogo, um silenciador, dois coletes balísticos e aproximadamente dois quilos
de ouro.
Segundo a PF, a organização criminosa
conta com grande poderio econômico e político na região, há pelo menos três
anos. Ainda de acordo com a polícia, a organização foi responsável pelo
desmatamento ilegal de mais de 60 mil hectares de áreas para abertura de
garimpos de ouro, sem qualquer autorização dos órgãos competentes. A área
desmatada na cidade pela atividade irregular equivale a 60 campos de futebol.
As investigações também apontaram que
os garimpos utilizam materiais tóxicos para a extração do ouro, como mercúrio e
cianeto, que tem causado grande poluição ambiental, inclusive no rio Maracaçumé.
Os investigados devem responder pelos
crimes de usurpação de bens da União, mineração ilegal, porte ilegal de arma de
fogo e integrar organização criminosa, cujas penas máximas somadas ultrapassam
mais de 20 anos.
Do G1 MA
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Postagem relacionada:
— PF
desarticula organização criminosa que atua em garimpos na região de Centro Novo
do Maranhão
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