Segundo a polícia, o terceiro preso matou Marcílio Nolasco a mando da namorada. Melissa, que está grávida de quatro meses, e outro autor do crime estão presos desde o dia 24 de agosto. |
A Polícia Civil do
Maranhão, em continuidade à Operação Louva-a-Deus, na manhã dessa segunda-feira
(4), prendeu o homem de iniciais T.D.M, conhecido como "TH", em cumprimento
a mandado de prisão temporária, por envolvimento na morte de Marcílio Nolasco,
funcionário da Prefeitura de Vitória do Mearim, cidade localizada a 178 km de
São Luís. O crime ocorreu no dia 15 de agosto deste ano, a mando da namorada da
vítima.
A prisão do
terceiro envolvido no crime ocorreu em São Luís, onde também foi cumprido um
mandado de busca e apreensão.
Segundo as
investigações da delegacia de Vitória do Mearim, o preso, é investigado como
integrante do grupo criminoso que invadiu a residência da vítima, sendo
apontado como o autor do disparo de arma de fogo que atingiu fatalmente Marcílio
no lado esquerdo do peito. O corpo foi encontrado completamente despido em
frente à própria residência da vítima.
Namorada e um comparsa presos
No dia 24 de
agosto, a primeira fase da operação conseguiu prender a atual namorada da
vítima, identificada apenas como Melissa, apontada como mandante do crime, e um
homem, de iniciais D.S.A., que ficou responsável por dirigir o veículo
empregado no crime. As prisões foram executadas nas cidades de Vitória do
Mearim e São José de Ribamar.
De acordo com o
delegado Henrique Tanaka, as investigações seguem no sentido de apurar se há
associação permanente e estável destinada à prática de crimes dessa natureza
(pistolagem). O preso foi encaminhado à Unidade Prisional de São Luís, onde
permanecerá à disposição da Justiça.
Nessa etapa da
Operação Louva-a-Deus, participaram policiais civis das Delegacias Polícia das
cidades de Vitória do Mearim e Arari, além do Centro de Inteligência da Polícia
Civil e do Grupo de Pronto Emprego(GPE/SPCI).
Entenda o caso
Marcilio estava em
relacionamento com M.J.M (Melissa) desde o fim de 2022. Eles se conheceram
através de aplicativo de relacionamentos. Atualmente ela está grávida de quatro
meses da vítima.
A mulher teria
descoberto que Marcílio guardava determinada quantia em dinheiro para adquirir
um carro, e, a partir de então, tratou de colocar em execução um plano para
tirar a vida do companheiro, colocar a culpa na ex-esposa e se apossar do
dinheiro.
Conforme apurado,
nos últimos meses, Marcilio registrou várias ocorrências noticiando crimes de
ameaça praticados supostamente por Marcelina de Sousa Nolasco, sua
ex-companheira, com quem conviveu por oito anos.
Todas as ameaças
de morte foram feitas por mensagens de três contas de whatsapp, que utilizavam
a foto de Marcelina no perfil. As mensagens eram direcionadas a Marcilio, M.J.M
e alguns familiares da vítima.
Temendo pela
própria vida e pela vida da atual namorada, ele foi ouvido na Delegacia de
Vitória do Mearim no início de agosto, ocasião em que representou contra
Marcelina (ex-companheira), o que ensejou abertura de inquérito policial.
Com o avanço das
investigações, a Polícia conseguiu apurar que a atual namorada da vítima
(M.J.M) era quem estava por trás das contas falsas de whatsapp e que, ao longo
dos meses, de forma premeditada e planejada, M.J.M criou uma narrativa falsa e
fantasiosa na qual se passava por vítima, colocando suspeição contra Marcelina,
para que recaísse sobre ela qualquer responsabilização criminal pela morte de
Marcílio.
Na madrugada do
dia 15 de agosto, Marcilio Nolasco estava sozinho dormindo em casa quando foi surpreendido
pelos autores (M.J.M e D.S.A). Os quartos de sua residência estavam
completamente revirados, sendo deixado em cima da cama um dos Boletins de
Ocorrência registrado pela vítima contra a ex Marcelina.
Após a prisão,
M.J.M foi interrogada na delegacia e confessou que estava juntamente com D.S.A
durante a invasão na residência da vítima.
A mulher, que está
sendo investigada pelos crimes de homicídio, denunciação caluniosa, tentativa
de estelionato, falsa identidade, ameaça e associação criminosa foi encaminhada
à Unidade Prisional de São Luís, onde permanecerá à disposição da Justiça.
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