Golpe é considerado um dos maiores já investigados no
Brasil; grupo abusava da fé e prometia rentabilidade estratosférica a fiéis
O pastor bolsonarista Osório Júnior está foragido
A
Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira
(20/9), a Operação Falso Profeta para cumprir dois mandados de prisão
preventiva e 16 de busca e apreensão contra uma organização suspeita de aplicar
golpes em mais de 50 mil vítimas no DF, e outras unidades federativas e até no
exterior.
Um
dos alvos é o líder do grupo, Osório José Lopes Júnior, que não foi localizado
e é considerado foragido. O outro procurado não teve o nome divulgado e também
não foi preso.
A
investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa muito bem
organizada, com estrutura ordenada e divisão de tarefas, especializada no
cometimento de diversos crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro,
sonegação fiscal, e estelionatos por meio de redes sociais. As vítimas eram
induzidas a investir quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro
de quantias milionárias.
A
ação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem
Tributária (Dot), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime
Organizado (Decor).
Os
golpistas abordavam as vítimas, em sua grande maioria evangélicas, pelas redes
sociais e invocavam uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara” para
convencê-las a investir suas economias em falsas operações financeiras ou
falsos projetos de ações humanitárias. Havia promessa de retorno financeiro
imediato e rentabilidade estratosférica.
Foi
detectada, por exemplo, a promessa de que com um depósito de apenas R$ 25 as
pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de R$ 1 octilhão.
O
golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez
que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e
localizadas em quase todas as unidades da Federação, estimando-se mais de 50
mil vítimas.
De
acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por
cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas
intituladas pastores, que induzem e mantêm em erro as vítimas, normalmente
fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são
pessoas escolhidas por Deus para receber a “bênção”, ou seja, as quantias
bilionárias.
Os
investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser
instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.
Para
dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras, os
investigados celebravam contratos com as vítimas, ideologicamente falsos, com
promessas de liberação de quantias surreais provenientes de inexistentes
títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil
(Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
A
investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos
cinco anos, bem como foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de
fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.
Prisão
em dezembro
Em
dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, em
Brasília, um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de
documento falso em uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando
possuir um crédito de aproximadamente R$ 17 bilhões.
Porém,
mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital
influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.
Operação
Falso Profeta
Nesta
nova etapa da investigação, em que participaram cerca de 100 policiais civis,
foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito
Federal e em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.
Também
são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes
sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias
digitais.
Além
do Decor, participaram da operação policiais do Departamento de Polícia
Especializada, e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa
Catarina, Paraná e São Paulo.
Os
alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo
cometimento dos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade
ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização
criminosa.
Doido é quem acredita em pastor.
ResponderExcluirOtários e doidos são os que acreditam nesses caras aí !
ExcluirConcordo e assino embaixo.
ResponderExcluirEita que esses falsos profetas adoraram e proliferaram incentivaram muitos acéfalos a votaram no falso Messias. Eita cambada de bandidos. Xandão neles e no Minto, ídolos deles
ResponderExcluire como se chama quem acredita no LULADRAO ? ou o "jornaleco " esta recebendo pra falar que tudo de ruim é bolsonarista ? kkkkk essa esquerda so sabe mesmo é mentir e ainda tem idiotas que acreditam noque esse "pseudoblogueiro escreve.
ResponderExcluirTem idiota que acredita que Bostanaro é mito, que a terra é plana e Micheque é santinha. Tem cada imbecil!
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