Do Blog do Itevaldo
Preso pela Polícia Civil por
estelionato, o analista de sistemas Paulo Araújo Ferreira revelou no
depoimento à polícia que recebeu uma proposta para assassinar a juíza Lucimary Castelo Branco Campos dos Santos
(foto), titular do 6º Juizado Especial Civel; a tabeliã Ana Carolina Brasil Campos Maciel, do Cartório de São Mateus; e o
tabelião substituto do Cartório de Maranhãozinho, que não teve sua identidade
revelada.
Paulo Ferreira declarou à polícia que as
propostas para assassinar a magistrada e os dois tabeliãos foram feitas pela
tabeliã Alice Ribeiro Brito, presidente da Associação dos Notários e
Registrados do Maranhão (Anoreg), e pelo tabelião Luiz de França Belchior Silva
Filho, do cartório de Maranhãozinho e respondendo pelo cartório do 3º Ofício de
Notas da Capital.
Paulo Ferreira recebeu as propostas para
cometer os assassinatos, num encontro na praça de alimentação do Shopping do
Automóvel (Calhau) com Luiz Belchior Filho e Alice Ribeiro, no dia 7 de
novembro de 2011. Alice ofereceu R$ 10 mil pela morte da juíza Lucimary Castelo
Branco; Luiz Belchior ofertou outros R$ 10 mil pelo assassinato do tabelião
substituto do Cartório de Maranhãozinho; e outros R$ 25 mil para matar Carol
Brasil.
Os assassinatos da magistrada e da
tabeliã seriam provocados por um dispositivo eletrônico com explosivos acoplado
ao tanque de combustível do veículo de Lucimary Castelo Branco e no de Carol
Brasil, que seria acionado de uma aparelho
celular.
À polícia, Paulo Ferreira contou que
Alice Ribeiro teria dito: “essa vagabunda, safada da juíza Lucimary fica
inteferindo no concurso e quer me prejudicar. Se o CNJ não der jeito, o jeito
que tem é matá-la“.
Paulo Ferreira afirmou em seu depoimento
que aceitaria cometer os assassinatos e que o primeiro a ser morto seria o
tabelião substituto do Cartório de Maranhãozinho. Ele pediu que os R$ 10 mil
fossem pagos adiantado, mas Luiz Belchior Filho se negou a adiantar o
pagamento.
Segundo Paulo Ferreira, a decisão de assassinar Lucimary Castelo
Branco era porque além dela “interferir no concurso de notários”, Alice Ribeiro
quer o cartório do 1º Ofício de São José de Ribamar, que tem como titular
Luciene Castelo Branco, mãe da magistrada.
A morte de Carol Brasil ocorreria porque
ela com mais outros quatro tabeliães, num Mandado de Segurança, discutem as
regras de classificação para remoção de cartórios. De acordo com Paulo
Ferreira, Luiz Belchior Filho quer ficar com o cartório do 3º Ofício de Notas
da Capital, que também seria pretendido por Carol Brasil.
Segundo consta do depoimento de Paulo
Ferreira, os tabeliães Alice Ribeiro, Luiz Belchior Filho e Fernando Cassionato
obtiveram os primeiros lugares no concurso de remoção, “mediante o uso de títulos
em desacordo com o edital do concurso“.
A morte do tabelião substituto do
Cartório de Maranhãozinho ocorreria, segundo
Paulo Ferreira, porque “o tabelião sabia das falcatruas que Luiz
Belchior e o seu pai Luiz Belchior (juiz do TRE) comandavam“.
Segundo Paulo Ferreira, a tabelião Alice
Ribeiro aumentou em mais R$ 75 mil o valor a ser pago pelo assassinato da juíza
Lucimary Castelo Branco, chegando ao valor de R$ 85 mil a proposta para que ele
matasse a magistrada.
À policia, o delator revelou que Alice
Ribeiro e Luiz Belchior Filho, lhe dariam R$ 10 mil para “ficar calado” caso
fosse preso. Além disso, Paulo Ferreira “teria a assistência jurídica de um bom
advogado e proteção de um magistrado que lhe daria um salvo conduto, caso fosse
preso em falgrante“.
CHANTAGEM
E PRISÃO
Sem a antecipação dos R$ 10 mil, para
começar a realizar os assassinatos, Paulo Ferreira optou por contar toda a
trama para Clemilson Moura, tabelião substituto do cartório o 1° Ofício de São
José de Ribamar.
No primeiro contato por telefone [no dia
2 deste mês], Paulo Ferreira disse que “havia encaminhado a uma denúncia ao
Conselho Nacional de Justiça contra a magistrada Lucimary Castelo Branco, pelo
fato, de ela atender regularmente nessa serventia“.
No dia 3 de janeiro, Paulo Ferreira teve
um encontro com Clemilson Moura, na presença de outras duas testemunhas, o
analista de sistemas revelou toda a trama e quem seriam os mentores da denúncia
ao CNJ e da morte da magistrada. A conversa foi toda gravada.
Após esse encontro, Paulo Ferreira,
segundo disse Clemilson Moura à polícia,”passou a exigir ajuda financeira em
troca das informações que comprovariam a trama por ele denunciada“.
No dia 7 deste mês, Paulo Ferreira
enviou uma mensagem de celular, exigindo “R$ 600,00 para suas despesas
pessoais“. Numa outra mensagem telefônica indagou, “quanto seria pago pelas
informações e pelo backup do notebook de Luiz Belchior Filho?”.
Com as negativas de Clemilson Moura, o
delator Paulo Ferreira enviou uma última mensagem. “OK. Esquece a conversa que
tivemos e se a polícia quiser que investigue. Prazo esgotado, abraço!“.
Paulo Ferreira foi preso no último dia
9. Cabe agora ao comando do Tribunal de Justiça e da Secretaria de Segurança
Pública apurarem, investigarem e passarem toda essa trama a limpo.
É difícil acreditar que esse rapaz tenha armada tal situação, não tem nem onde cair vivo, porque morte se cai em qualquer lugar,e pelo que entendo hackers tem mansões e muita grana, é difícil acreditar
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