segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Preso bacharel em Direito envolvido na morte de médico em Imperatriz

Ricardo Barbalho aparece nas imagens que registraram o crime levando o soldado da PM, Adonias Sadda, para tirar satisfação com a vítima.

O homem identificado como Ricardo Barbalho, bacharel em Direito, foi preso pela Polícia Civil do Maranhão, na tarde desta segunda-feira (9), suspeito de participar da morte do médico Bruno Calaça Barbosa, em Imperatriz, no último dia 26 de julho.

De acordo com a polícia, Ricardo Barbalho já tinha a prisão preventiva decretada e se entregou na delegacia. Ele aparece nas imagens levando o soldado da Polícia Militar, Adonias Sadda, para tirar satisfação com a vítima.

O PM Adonias Sadda, Ricardo Barbalho e Waldex Cardoso estão envolvidos na morte do médico

O outro homem que esteve presente no momento do crime ainda está foragido e também tem um mandado de prisão contra ele.

Ele foi identificado como Waldex Cardoso, alagoano, pecuarista, radicado em Imperatriz.

O policial militar Adonias Sadda está preso em Imperatriz desde o dia 27 de julho. Em dois depoimentos à polícia, ele afirmou que o tiro disparado contra o médico foi acidental. Entretanto, o laudo do exame do corpo de delito feito no soldado desmentiu a versão apresentada pelo PM.

Laudo

A conclusão da Polícia Civil do Maranhão é que o ferimento no corpo do policial Adonias Sadda não corresponde à agressão que ele, em depoimento, alegou ter sofrido do médico, que teria resultado no disparo da arma com um tiro fatal, mas acidental, na versão apresentada por ele.

“Ele apresentou pra gente uma lesão no antebraço direito e essa lesão ele argumentava que era proveniente de um chute que a vítima deu contra ele, para desarmá-lo, que causou o disparo, foi quando a arma estava prestes a cair e ele segurou com mais força, e ela disparou. O laudo buscou esclarecer se essa lesão tinha correspondência temporal e com o tipo de agressão”, relatou o titular da Delegacia de Homicídios, Praxísteles Martins, que disse que as informações não batem.

A análise do sistema de câmeras da boate onde tudo aconteceu, comparando com os depoimentos prestados pelas testemunhas e pelo principal suspeito, são decisivos nessa etapa final, de acordo com o delegado à frente do caso. A polícia ouviu várias testemunhas que presenciaram o assassinato.

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