O
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou o afastamento do
promotor de justiça Zanony Passos Filho de toda e qualquer atiivdade no
Ministério Público do Maranhão (MPMA). A decisão do órgão nacional tem ligação
com o caso das investigações envolvendo vereadores de São Luís, onde o promotor
é acusado de extorsão.
A
decisão foi anunciada e encaminhada nesta terça-feira (16) à Corregedoria Geral
de Justiça do Maranhão (CGJ-MA). A corregedora Themis Pacheco de Carvalho
cumpriu a decisão.
O
afastamento de Zanony Passos é fruto de uma reclamação disciplinar contra ele, feita pelo
presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), no
dia 5 de dezembro do ano passado. Na representação, Paulo Victor apresentou
denúncia contra o promotor pelo crime de extorsão, alegando “condutas
violadoras de deveres funcionais, abusivas, ilegais e, inclusive, criminosas”.
No
documento enviado ao CNMP, além de discorrer sobre todos os antecedentes que
levaram à representação, Paulo Victor pediu que fosse instaurado um processo
administrativo disciplinar contra o promotor.
O
pedido de Paulo Victor
O
presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PSDB), havia
ingressado, em 5 de dezembro passado, no Conselho Nacional do Ministério
Público (CNMP) com uma reclamação disciplinar contra o promotor de justiça
Zanony Passos Silva Filho, titular da 35ª Promotoria de Justiça Especializada,
onde ocupa o cargo de promotor de justiça de Defesa do Patrimônio Público e da
Probidade Administrativa.
Na
representação feita ao corregedor nacional do Ministério Público, Paulo Victor
apresentou denúncia contra Zanony Filho, acusando-o do crime de prática de
extorsão no exercício do cargo de promotor de justiça. O vereador, alegando
“condutas violadoras de deveres funcionais, abusivas, ilegais e, inclusive,
criminosas”, pediu que o promotor de justiça fosse afastado do cargo.
Ao
corregedor nacional do Ministério Público, Paulo Victor pediu formalmente a
instauração de um processo administrativo disciplinar contra o promotor e que
lhe seja concedida medida liminar para o afastamento do cargo.
Na
representação, em que formula denúncias de extorsão, perseguição e ameaças,
praticadas, segundo ele, pelo promotor Zanony Filho, Paulo Victor fez narrativa
sobre operação ocorrida na Câmara, há quatro meses, tendo como alvo diversos
vereadores, para investigar destinação de emendas parlamentares.
O
presidente da Câmara afirmou que conheceu o promotor há um ano e este sempre se
mostrou solícito, até que, há dois meses, foi convidado por ele para conversar
e que queria cargos na Câmara, ocasião em que começaram as ameaças. Paulo
Victor destacou se tratar de um tema de difícil resolução, mas que conta com a
justiça para acompanhar o andamento do caso.
Paulo
Victor afirmou que Zanony chegou a enviar lista de pessoas a serem nomeadas no
gabinete da presidência da Câmara. Cobrando esse pedido, Zanony passou a mandar
diversas mensagens, áudios e ligações para que não avançasse em medidas contra
o Legislativo municipal.
Segundo
Paulo Victor, as ligações eram diárias com os pedidos e duas pessoas chegaram a
ser nomeadas e nunca teriam comparecido para trabalhar. Em novo pedido de
reunião, Zanony teria apresentado lista com pedido de mais nomeações, recebendo
uma negativa do vereador.
Paulo
Victor destacou que, ao vereador Francisco Chaguinhas, Zanony enviou comunicado
solicitando que fosse enviado valor ao Grupo de Mães Força do Amor. Enviou,
após, documento a vários outros vereadores, solicitando que fossem investigados
os repasses feitos pela Câmara a esta entidade. Zanony entrou com ação pedindo
prisão, busca e apreensão, perda do mandato e sequestro de bens envolvendo
vários vereadores e, em especial, ao presidente da Casa, Paulo Victor.
Nesse
período, foram impetrados dois habeas corpus em virtude do constrangimento
ilegal que se refere à prática de extorsão, realizada pelo promotor de Justiça
Zanony Filho.
Por
meio de seu advogado, Thales Dyego de Andrade, o vereador Paulo Victor
ingressou com a representação pedindo que o promotor de justiça Zanony Filho
seja afastado do cargo que ocupa.
Corregedoria
já cumpriu a decisão
O
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) já encaminhou ofício à
Corregedoria Geral do Ministério Público Justiça do Maranhão para providenciar
o afastamento.
A
corregedora Themis Pacheco de Carvalho cumpriu a decisão e Zanony Filho já está
afastado do cargo.
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Poxa esse promotor de eventos vai tirar umas férias novamente. Sim porque foi afastado somente do trabalho, mas o gordo salário que recebe( que aliás, pela sua ganância, parece irrisório) continuará recebendo. Mas pelo menos quem investigará agora será o CNP e não o próprio MP do MA que, pela última manifestação sobre o caso, deixou a entender que quem iria se ferrar no final, seria a vítima da extorsão. Eita MP vergonhoso viu. Tem um tal Cláudio Guimarães que se acha um verdadeiro MINTO, recendente cagou do medo do Deputado Iglesio na praia do olho d,água. Este sempre aprontou também, mas nunca deu em nada. Também, é só olhar para o chefe da instituição
ResponderExcluirSe puxar mais o fio da meada, aparecerão mais coisas. Os operadores do Direito sabem bem os "artifícios" que membros do MP maranhense usam para se beneficiar, vide caso de certo "promotor" dono de escola de esporte aquático lá no Olho D'água
ResponderExcluirNão sei o que esses caras fazem tanto sacrifício pra tentar concorrer com Eduardo Braide sendo que o homem já está disparado faz é tempo a ilha quer o melhor prefeito que essa cidade já teve de novo
ResponderExcluirEu vi Eduardo Braide na Procissão de Nossa Senhora da Conceição. Era mais popular do que Léo Santana. Eram abraços, e eram beijos, e eram fotos, e eram idosos jovens e crianças.
ResponderExcluirSe eu visse ele (Braide), ia perguntar quando vai recuperar a Av. dos Africanos e parar de bagunçar a COHAB?
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