terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Promotor Zanony é afastado pelo CNMP após denúncias de tentativa de extorsão contra o presidente da Câmara de São Luís

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou o afastamento do promotor de justiça Zanony Passos Filho de toda e qualquer atiivdade no Ministério Público do Maranhão (MPMA). A decisão do órgão nacional tem ligação com o caso das investigações envolvendo vereadores de São Luís, onde o promotor é acusado de extorsão.

A decisão foi anunciada e encaminhada nesta terça-feira (16) à Corregedoria Geral de Justiça do Maranhão (CGJ-MA). A corregedora Themis Pacheco de Carvalho cumpriu a decisão.

O afastamento de Zanony Passos é fruto de uma  reclamação disciplinar contra ele, feita pelo presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSDB), no dia 5 de dezembro do ano passado. Na representação, Paulo Victor apresentou denúncia contra o promotor pelo crime de extorsão, alegando “condutas violadoras de deveres funcionais, abusivas, ilegais e, inclusive, criminosas”.

No documento enviado ao CNMP, além de discorrer sobre todos os antecedentes que levaram à representação, Paulo Victor pediu que fosse instaurado um processo administrativo disciplinar contra o promotor.

O pedido de Paulo Victor  

O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PSDB), havia ingressado, em 5 de dezembro passado, no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) com uma reclamação disciplinar contra o promotor de justiça Zanony Passos Silva Filho, titular da 35ª Promotoria de Justiça Especializada, onde ocupa o cargo de promotor de justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa.

Na representação feita ao corregedor nacional do Ministério Público, Paulo Victor apresentou denúncia contra Zanony Filho, acusando-o do crime de prática de extorsão no exercício do cargo de promotor de justiça. O vereador, alegando “condutas violadoras de deveres funcionais, abusivas, ilegais e, inclusive, criminosas”, pediu que o promotor de justiça fosse afastado do cargo.

Ao corregedor nacional do Ministério Público, Paulo Victor pediu formalmente a instauração de um processo administrativo disciplinar contra o promotor e que lhe seja concedida medida liminar para o afastamento do cargo.

Na representação, em que formula denúncias de extorsão, perseguição e ameaças, praticadas, segundo ele, pelo promotor Zanony Filho, Paulo Victor fez narrativa sobre operação ocorrida na Câmara, há quatro meses, tendo como alvo diversos vereadores, para investigar destinação de emendas parlamentares.

O presidente da Câmara afirmou que conheceu o promotor há um ano e este sempre se mostrou solícito, até que, há dois meses, foi convidado por ele para conversar e que queria cargos na Câmara, ocasião em que começaram as ameaças. Paulo Victor destacou se tratar de um tema de difícil resolução, mas que conta com a justiça para acompanhar o andamento do caso.

Paulo Victor afirmou que Zanony chegou a enviar lista de pessoas a serem nomeadas no gabinete da presidência da Câmara. Cobrando esse pedido, Zanony passou a mandar diversas mensagens, áudios e ligações para que não avançasse em medidas contra o Legislativo municipal.

Segundo Paulo Victor, as ligações eram diárias com os pedidos e duas pessoas chegaram a ser nomeadas e nunca teriam comparecido para trabalhar. Em novo pedido de reunião, Zanony teria apresentado lista com pedido de mais nomeações, recebendo uma negativa do vereador.

Paulo Victor destacou que, ao vereador Francisco Chaguinhas, Zanony enviou comunicado solicitando que fosse enviado valor ao Grupo de Mães Força do Amor. Enviou, após, documento a vários outros vereadores, solicitando que fossem investigados os repasses feitos pela Câmara a esta entidade. Zanony entrou com ação pedindo prisão, busca e apreensão, perda do mandato e sequestro de bens envolvendo vários vereadores e, em especial, ao presidente da Casa, Paulo Victor.

Nesse período, foram impetrados dois habeas corpus em virtude do constrangimento ilegal que se refere à prática de extorsão, realizada pelo promotor de Justiça Zanony Filho.

Por meio de seu advogado, Thales Dyego de Andrade, o vereador Paulo Victor ingressou com a representação pedindo que o promotor de justiça Zanony Filho seja afastado do cargo que ocupa.

Corregedoria já cumpriu a decisão

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) já encaminhou ofício à Corregedoria Geral do Ministério Público Justiça do Maranhão para providenciar o afastamento.

A corregedora Themis Pacheco de Carvalho cumpriu a decisão e Zanony Filho já está afastado do cargo.

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5 comentários:

  1. Poxa esse promotor de eventos vai tirar umas férias novamente. Sim porque foi afastado somente do trabalho, mas o gordo salário que recebe( que aliás, pela sua ganância, parece irrisório) continuará recebendo. Mas pelo menos quem investigará agora será o CNP e não o próprio MP do MA que, pela última manifestação sobre o caso, deixou a entender que quem iria se ferrar no final, seria a vítima da extorsão. Eita MP vergonhoso viu. Tem um tal Cláudio Guimarães que se acha um verdadeiro MINTO, recendente cagou do medo do Deputado Iglesio na praia do olho d,água. Este sempre aprontou também, mas nunca deu em nada. Também, é só olhar para o chefe da instituição

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  2. Se puxar mais o fio da meada, aparecerão mais coisas. Os operadores do Direito sabem bem os "artifícios" que membros do MP maranhense usam para se beneficiar, vide caso de certo "promotor" dono de escola de esporte aquático lá no Olho D'água

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  3. Não sei o que esses caras fazem tanto sacrifício pra tentar concorrer com Eduardo Braide sendo que o homem já está disparado faz é tempo a ilha quer o melhor prefeito que essa cidade já teve de novo

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  4. Eu vi Eduardo Braide na Procissão de Nossa Senhora da Conceição. Era mais popular do que Léo Santana. Eram abraços, e eram beijos, e eram fotos, e eram idosos jovens e crianças.

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  5. Se eu visse ele (Braide), ia perguntar quando vai recuperar a Av. dos Africanos e parar de bagunçar a COHAB?

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