Semana
começando complicada na política. Muita coisa acontecendo. Queria destacar esse
episódio das reportagens sobre a conduta adotada pelo juiz Sérgio Moro e por
alguns procuradores da República, no caso a Lava Jato.
Sempre defendi
a realização da operação Lava Jato, o combate à corrupção, que é uma causa da minha vida. Sempre disse
também que os fins não justificam os meios. É preciso respeitar a Lei. A Lei,
de fato, tem que ser para todos.
O que as
reportagens mostram é que, em nome de uma causa justa – o combate à corrupção –
a Lei foi rasgada, foi descumprida.
É fácil de
entender. Vamos imaginar uma partida de futebol. Nesse caso, o que aconteceu? O
juiz estava jogado ao lado de um dos times, contra o outro time. Logo, ele
deixou de ser juiz. E se o juiz estava do lado de um dos times, a partida de
futebol é viciada e tem que ser anulada.
A mesma coisa,
infelizmente, aconteceu nesse caso. Com um agravante: o juiz de futebol, além
de se revelar que jogava com um dos times, quando terminou a partida ainda
tirou a camisa e foi vestir a camisa do time adversário.
Nesse caso, o
ex-juiz Sérgio Moro virou Ministro da Justiça daquele governante que foi diretamente
beneficiado com, em face as eleições, pelas suas decisões.
Isso está muito
errado, pessoal. Nós precisamos ter um entendimento nacional claro de que não
se trata de uma questão ideológica ou partidária e, sim, de defender a Constituição,
o Estado de Direito e o cumprimento das Leis.
As Leis, de
fato, têm que ser para todos. Inclusive, para o ex-juiz Sérgio Moro, para o
procurador Dallagnol que, infelizmente, descumpriram a Constituição, as leis
das suas carreiras e códigos de ética.
É preciso ter
muita calma, muita serenidade, mas muita firmeza para não minimizar esse
episódio e garantir que, de fato, as coisas possam caminhar bem, a corrupção
sendo combatida, mas a Lei sendo respeitada.
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