Corpo da vítima foi encontrado em uma área de matagal próximo ao Hospital Carlos Macieira
O assassino José Ribamar Silva Saraiva, conhecido como “Riba”, foi condenado a 28 anos, 2 meses e 4 dias de reclusão por ter matado Elayne Ingridy Diniz Pereira. Ele foi condenado pelo crime de feminicídio, com as qualificadoras de traição ou emboscada e ocultação de cadáver. O assassino vai cumprir a pena inicialmente em regime fechado no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde já está preso desde 2019.
O crime ocorreu no período entre 16 de abril, quando Elayne Pereira desapareceu, a 26 de agosto de 2019. Consta na denúncia que, após quatro meses do desaparecimento, foi encontrada a ossada da vítima na área de matagal na Avenida Jerônimo de Albuquerque, perto do Hospital Carlos Macieira, no bairro Calhau, em São Luís. A identificação da ossada só foi possível por meio da arcada dentária da vítima.
Ainda conforme a denúncia, a vítima estaria se relacionando com José Saraiva. Laudos periciais, como a geolocalização dos aparelhos celulares de ambos, apontou que ele estava no mesmo local no dia do desaparecimento de Elayne Pereira. Na denúncia, ainda consta que no dia do desaparecimento da vítima foram efetuadas 14 ligações entre ela e o assassino.
Elayne Pereira, à época, tinha 22 anos, era dona de casa e deixou uma filha pequena de quatro anos de idade. Ela residia na comunidade Juçatuba, na zona rural de São José de Ribamar.
Na sentença, em relação a conduta do réu quanto ao crime de feminicídio, a juíza denota culpabilidade exacerbada, “ante a notória reprovabilidade social, sobretudo porque, no caso em questão, o réu, era uma pessoa próxima da vítima e de seus familiares, além de ser conhecido de todos na pequena comunidade onde viviam, o que potencializa o sentimento de repulsa.”
A magistrada negou ao réu o direito de recorrer em liberdade. Após o julgamento, José Ribamar Saraiva foi levado de volta para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
A sessão de julgamento foi presidida pela juíza Rosângela Santos Prazeres Macieira, titular da 1ª Vara do Júri. Na acusação atuou a promotora de Justiça Cristiane Coelho Maia Lago, e na defesa o advogado Tacílio Santana Filho e a advogada Jéssica Cardoso de Oliveira.
A sessão de julgamento só terminou às 21h. Parentes de Elayne Ingridy Diniz Pereira estiveram presentes no júri.
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