Rádio Voz do Maranhão

terça-feira, 30 de abril de 2013

Assalto ao Banco do Brasil de Miguel Alves, no Piauí, termina com o gerente e três bandidos mortos

Efrém Ribeiro
Meio Norte

Um grupo de sete assaltantes empreendeu assalto na manhã desta terça-feira, dia 30 de abril, à agência do Banco do Brasil de Miguel Alves, a 113 km de Teresina. Os assaltantes ainda tentaram assaltar outro banco no município. Os bandidos estavam fortemente armados e a população ficou apavorada com a ação que culminou em troca de tiros entre policiais e assaltantes.

A Polícia da vizinha cidade de União foi acionada para reforçar a operação. Informações dão conta que sete assaltantes participaram da ação criminosa, e de que pelo menos quatro bandidos morreram. O gerente do banco foi assassinado pelos assaltantes. Os bandidos foram surpreendidos com uma barreira na saída para a cidade de Barras, na altura do povoado Forquilha. Um ônibus foi colocado para impedir a passagem da quadrilha, daí então, aconteceu o tiroteio. Dois integrantes da quadrilha ainda estariam escondidos em um matagal.

O gerente, Ademyston Rodrigues, de 34 anos, foi levado como refém e atingido à queima roupa com um tiro na cabeça. Ele era casado há 8 anos com Sandra Maria Alves e tem 3 filhos. Os outros dois reféns foram liberados pelos bandidos e não estão feridos. O gerente, Ademyston Rodrigues, é irmão do ex-vereador Anastásio Rodrigues, da cidade de Pimenteiras-PI.

ENTENDA O DESFECHO TRÁGICO DO ASSALTO AO BB DE MIGUEL ALVES

Relatos da polícia dão conta de que os assaltantes tentavam fugir pela estrada que dá acesso ao município de Porto quando foram surpreendidos pela polícia. Houve troca de tiro e os bandidos tentaram fugir por um barranco. O gerente, que estava no banco de trás do carro, tentou sair do veículo quando um dos assaltantes atirou na sua cabeça.

O matagal onde os bandidos estão empreendendo fuga fica localizado entre as cidades de Barras e de Porto, os municípios que fazem limite com Miguel Alves. Cerca de 20 policiais fazem o cerco e acreditamos que em breve os dois ainda foragidos serão capturados.

De acordo com o relações públicas da Polícia Militar, Major Sá Júnior, a ação da polícia foi rápida porque o serviço de inteligência da PM fez um levantamento dos municípios em situação de vulnerabilidade e enviou uma equipe do Bope para fazer a segurança da região nesse período, quando as cidades recebem uma quantidade maior de dinheiro devido ao pagamento de aposentados e pensionistas.

Assim que foram informados da ação dos bandidos na cidade de Miguel Alves os policiais do Bope fizeram a interceptação bloqueando a estrada que é uma saída sem fiscalização e próxima ao Maranhão, geralmente usada como rota de fuga pelos bandidos, por ser uma estrada sem fiscalização.



Prefeitura comemora o Dia do Trabalhador com atividades esportivas

A Prefeitura de São Luís realiza nesta quarta-feira (1º), em homenagem ao Dia do Trabalhador, várias atividades esportivas. A programação terá início com o passeio ciclístico, com concentração a partir das 7h na Praça Dom Pedro II.

A partir das 8h, na Avenida Litorânea, estarão sendo realizados torneios de vôlei feminino, travinha e futebol de praia, além de um aulão de ginástica. Para isso será montado um palco com várias atrações e atividades para as crianças.

As atividades terão apoio das secretarias municipais de Segurança com Cidadania (Semusc), através da Guarda Municipal, Trânsito e Transportes (SMTT) e Saúde (Semus), por meio do SAMU.

Polícia Federal envia à Justiça inquérito da Operação Dríade



São Luís - A Polícia Federal concluiu e enviou à  Justiça, o Inquérito Policial que embasou a Operação Dríade, deflagrada em 03/04/13, em que 90 policias deram cumprimento a 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de Paragominas, Dom Eliseu, Tomé-Açu e Pacajá, todas localizadas no Estado do Pará. Segue abaixo o resumo da investigação policial.

A investigação teve início em setembro de 2009 com a prisão em flagrante de 07 (sete) pessoas que retiravam ilegalmente madeira da região da Reserva Biológica do Gurupi (Município de Carutapera/MA) e da Terra Indígena do Caru, no Maranhão. Na ocasião, foram apreendidos veículos do tipo caminhão, trator, camioneta, arma de fogo e rádio de intercomunicação veicular.

Apurou-se, em referido flagrante, que ocorria a exploração ilegal de madeiras vermelhas nas regiões acima citada a mando de um grande conglomerado empresarial, que movimenta milhões de reais por ano, sendo que tal conglomerado utilizava-se de intermediários e pessoas contratadas, além de seus próprios meios, para retirada da madeira.

As investigações demonstraram que o conglomerado de empresas explora áreas proibidas ao desmate, como Reservas Indígenas ou Áreas de Preservação Permanente, e “legaliza” a madeira explorada por meio de Planos de Manejo que possuem em outras áreas próprias, porém superfaturadas. Grande parte da madeira desviada seguia para o estado do Pará, especialmente para as sedes das empresas em Dom Eliseu e Paragominas.

Em 2011, após fiscalização de equipe do IBAMA, constatou-se que a área explorada consistia em 2.680 hectares e o total de 4.956 metros cúbicos de madeira pronta para o transporte, estimando-se que 29.000 metros cúbicos de madeira foram retirados daquela região. Ao final da fiscalização, foram lavrados mais sete autos de infração, com a aplicação de multa no valor de R$ 30.960.000,00.

O material produzido pelo IBAMA naquela fiscalização foi enviado à perícia, constatando-se que uma das empresas do grupo investigado causou um dano ambiental estimado minimamente em R$ 15.655.155,32 (considera-se o valor tabelado da madeira pela SEMA/MA, o qual é muito inferior ao praticado no mercado).

A Perícia Técnica da Polícia Federal encontrou diversas irregularidades no Plano de Manejo de uma das empresas do grupo, verificando-se que o recurso ambiental extraído foi de R$ 5.278.395,32 (cinco milhões, duzentos e setenta e oito mil, trezentos e noventa e cinco reais e trinta e dois centavos) e que o valor para recuperar a área devastada dentro da Reserva do Gurupi seria de R$ 10.376.760,00 (dez milhões, trezentos e setenta e seis mil, setecentos e sessenta reais), sendo que, portanto, a valoração do dano ambiental e de sua reparação ficou orçado minimamente em R$ 15.655.155,32 (quinze milhões, seiscentos e cinqüenta e cinco mil, cento e cinqüenta e cinco reais e trinta e dois centavos).

Identificou-se 13 (treze) empresas como sendo ligadas ao conglomerado econômico, sendo que os sócios são comuns entre elas.

Conforme as investigações foram avançando, foi deflagrada, em 04/04/2013, a Operação Dríade, que teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas sedes das empresas do grupo econômico investigado, bem como a realização de interrogatório dos sócios e pessoas envolvidas na exploração ilegal de madeira.

Após robusta produção probatória acarreada à investigação após a deflagração da Operação, ficou evidenciado que os sócios do grupo empresarial utilizavam-se de empresas fantasmas bem como “laranjas” para conseguir alcançar seu intuito criminoso de extração ilegal de madeira. Uma das pessoas ouvidas, inclusive, admitiu que a empresa negociou madeira sem nota fiscal ou guia florestal.

Restou evidente, assim, que a organização criminosa busca, ao máximo possível, desmembrar os atos de suas condutas criminosas em pessoas jurídicas distintas, inclusive até em nome de terceiros, evitando, de maneira estratégica, a responsabilização civil, criminal e administrativa naquelas de maior interesse.

A investigação foi finalizada na data de 24/04/2013, sendo que foram realizados, assim, 17 (dezessete) indiciamentos, sendo 10 (dez) pessoas físicas e 07 (sete) pessoas jurídicas. Destaque-se que, pela Autoridade Policial presidente da investigação, foi pedido ao Poder Judiciário a suspensão imediata das atividades das empresas do grupo investigado, já que foi constatado pelo IBAMA, na data da deflagração da Operação (03/04/2013), que pelo menos uma das empresas ainda atua de forma ilícita, sendo que tal medida revela-se salutar devido ao grande volume de transações comerciais realizadas pela empresa, notadamente com os Estados Unidos da América.

Informações da Ascom da PF

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Prefeitura intensifica operação de tapa-buracos no bairro São Raimundo


Na manhã desta segunda-feira (29), equipes da Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Semosp) foram enviadas ao São Raimundo para dar continuidade às ações de tapa-buracos já iniciadas em diversos bairros da capital. A programação contempla a avenida principal do bairro e se estende até o Tibiri. A ação é uma resposta a reivindicações da comunidade e faz parte da meta de restituir a malha asfáltica dos principais bairros de São Luís.

Segundo Cláudio Cutrim, superintendente de infraestrutura viária da Semosp, a meta da operação tapa-buracos é pavimentar 1.216 m² por dia, obedecendo ao cronograma estabelecido diante da necessidade real de cada área. “Estamos trabalhando primeiramente nos trechos mais críticos, mas a meta da gestão é realizar um amplo trabalho de pavimentação. Queremos transformar essa cidade num lugar melhor para se viver”, enfatizou.

Em toda a capital, 10 equipes estão trabalhando em caráter emergencial, de forma a solucionar os problemas de infraestrutura nas áreas de grande fluxo de veículos e de pedestres. Segundo Cláudio Cutrim, a meta é dobrar o número de equipes nos próximos dias e concluir as ações de tapa-buracos no São Raimundo em até duas semanas.
No São Raimundo, obras de limpeza urbana e iluminação pública também começaram a ser realizadas nas últimas semanas, com desobstrução das galerias, serviços de roço e capina, troca e manutenção de luminárias.

Para o superintendente de iluminação pública, Jean Letierre, as ações reafirmam o compromisso do diálogo firmado na atual gestão. “Estamos ouvindo as reivindicações de quem mais precisa, agindo em favor da população, para o seu bem-estar”, afirmou.

Para o vigilante José Policarpo, 61, que mora no São Raimundo há 18 anos, as ações são bem-vindas, especialmente, neste período chuvoso. “Sabemos dos desafios que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior tem enfrentado para restaurar a cidade. É principalmente nesses momentos que precisamos firmar parcerias ainda mais sólidas com o poder público”, ressaltou.     

Fátima Salles, assessora de comunicação do grupo G12, que engloba 12 comunidades do conjunto São Raimundo, afirmou estar feliz com o cumprimento dos compromissos firmados. “Essa é uma luta constante. Queremos garantir mais qualidade para nossa comunidade. É maravilhoso firmar parcerias com a gestão municipal nesse processo”, disse.

Segundo Cláudio Cutrim, a expectativa é ampliar as atividades para demais bairros de São Luís após a conclusão do processo licitatório, que tem o prazo máximo de até 90 dias para ser finalizado. 


Prefeitura é autorizada a realizar pagamento parcelado dos precatórios



A Procuradoria Geral do Município (PGM) obteve decisão favorável do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) para efetuar o pagamento da dívida dos precatórios vencidos até 31 de dezembro de 2012 em parcelas mensais e sucessivas até o final deste ano. A decisão visa preservar as finanças públicas do município e permitir a continuidade dos investimentos em obras e serviços de extrema urgente na cidade. 

O pedido formulado pela PGM, junto ao Comitê Gestor de Contas Especiais de Pagamento de Precatórios, prevê o comprometimento da Prefeitura de São Luís em fazer a competente dotação orçamentária na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014 para fins de depósito de 1% da Receita Corrente Líquida (RCL), dividido em 12 parcelas mensais e assim proceder nos anos seguintes até encerrar sua pendência relativamente aos precatórios devidos.

O presidente do TJMA, desembargador Guerreiro Júnior, chegou a declarar inconstitucionalidade de parte da Emenda Constitucional nº 62/2009, que trata do Regime Especial dos Precatórios, mas que no início deste mês o ministro do STF, Luiz Fux, determinou que os pagamentos já realizados devem continuar sendo pagos até que o assunto seja definitivamente decidido pela mais alta corte do país.

“É louvável a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça. Sensível com as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Município e prestigiando os princípios da segurança jurídica e da razoabilidade, entendeu pela manutenção dos parcelamentos em curso sob a sistemática da emenda 62/2009, até que o STF se pronuncie sobre o preciso alcance de sua decisão”, declarou o procurador-geral do Município, Marcos Braid.

O procurador lembrou que além da gravíssima situação de dificuldade financeira encontrada pela atual gestão municipal, outros argumentos pesaram para que o TJMA deferisse o pleito do Município de São Luís. Entre eles estão: as constantes quedas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM); a inexistência de previsão da administração anterior para o pagamento das dívidas alocadas na Unidade Orçamentária (RESEMFAZ) quando da aprovação da LOA de 2013; e os restos a pagar de elevada monta.

A Procuradoria Geral do Município, em seu requerimento, anexou um balancete da despesa do RESEMFAZ, que é a responsável pelo pagamento dos precatórios do Município, atestando serem verdadeiras as alegações. 

ENTENDA A SITUAÇÃO
Em março deste ano, o Pleno do Tribunal de Justiça havia decidido, por unanimidade, negar um mandado de segurança impetrado pelo município de São Luís contra o presidente da Corte, desembargador Guerreiro Júnior. 

O presidente do TJMA havia notificado o ente municipal a realizar depósito do valor correspondente a 1% da sua receita corrente líquida referente à primeira parcela anual do Regime Especial de Pagamento de Precatório, ao Poder Judiciário, no prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de sequestro.

O ofício ao Executivo Municipal foi enviado em julho de 2011, determinando a regularização do pagamento, informando que formalizara consulta ao Comitê Gestor de Contas Especiais de Pagamento de Precatórios, o qual deliberou pela manutenção do entendimento da presidência do TJMA, quanto ao recolhimento da parcela anual calculada com base na receita corrente líquida.

A decisão proferida agora pelo presidente do Tribunal de Justiça proporcionará ao ente municipal a possibilidade de, efetivamente, honrar com seus débitos de precatórios, pois o parcelamento vai permitir que os valores sejam quitados de forma a não inviabilizar o bom andamento de obras e serviços urgentes e necessários para o bem da cidade.

Polícia prende dois supostos assassinos de comerciante em São Mateus

A polícia Civil de São Mateus, sob o comado do Delegado de Polícia Dr. Henrique, com a colaboração do Delegado Regional da Polícia Civil e com o empenho da Polícia Militar de São Mateus, conseguiu efetuar, há poucos instantes, a prisão de dois suspeitos de terem participado da execução do empresário Valmir Queiroz Filho (foto ao lado).

As prisões aconteceram no bairro Piqui, houve troca de tiros e um dos elementos foi atingidos durante a operação policial. Segundo a polícia, tudo leva a crê de que se trata realmente dos envolvidos no crime. 

Neste momento, os delegados estão realizando o interrogatório de um dos suspeitos na Delegacia de Polícia localizada na Rua Cristo Rei, enquanto o que foi baleado, foi encaminhado para o hospital para os devidos cuidados médicos sob a custódia da Polícia Militar. Como a investigação ainda está em andamento, os nomes dos suspeitos não foram revelados a imprensa.

Após o bárbaro assassinado do empresário, ocorrido ontem por volta das 23h, a cidade viveu hoje em clima de expectativa. O serviço de inteligência da Polícia Civil de São Mateus, agiu rápido na tentativa de elucidar o mais rápido o crime. 

Após ter recebido denúncias anônimas, a polícia começou a acompanhar os rastros deixados pelos suspeitos. Há informações de que possa haver outros suspeitos envolvidos, Toda a polícia da região em torno de São Mateus, está envolvida no intuito de elucidar o crime.

Informações do Blog São Mateus em Off

O bicho vai pegar: Raimundo Cutrim apresenta pedido de instalação de CPI da Agiotagem e pede a convocação do secretário Aluísio Mendes

O deputado Raimundo Cutrim, acusado de fazer parte do 'esquema' responsável pelo assassinato do jornalista Décio Sá, acaba de apresentar, na Assembleia Legislativa, pedido de instalação de uma CPI para investigar a agiotagem no Maranhão.

O requerimento já recebeu as assinaturas de Cleide Coutinho e Bira do Pindaré.

Cutrim solicitou, ainda, que ele seja investigado pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. Além disso, apresentou pedido de convocação do Secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, principal desafeto do deputado Cutrim.

O deputado afirma que vai processar o Sistema Mirante de Comunicação pela veiculação de matérias jornalísticas que o colocam entre os acusados de tramarem o assassinato de Décio Sá.

Já o deputado Neto Evangelista pediu que todas as investigações sobre agiotagem sejam comandadas pela Polícia Federal, deixando a polícia maranhense de fora desse trabalho.

Homem morre carbonizado após explosão de caminhão em São Luís


Acidente teria ocorrido após um serviço de solda
no veículo (Foto: Giovanni Spinucci/TV Mirante)

Um homem morreu após a explosão de um caminhão no início da tarde desta segunda-feira (29), na Rua 16 de julho, no bairro do São Cristóvão. Outro foi levado com ferimentos para o hospital.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima fazia um serviço de solda no caminhão azul, de placas NXJ 8625, que estava estacionado dentro de uma empresa, quando o tanque explodiu.

A vítima, José Silva Gomes de Carvalho, que tinha 46 anos, era morador do bairro João de Deus. “O estrago lá foi feio. Ele perdeu parte da massa encefálica e rosto ficou deformado. Informações preliminares dão conta de que ele estaria atrás do caminhão, soldando, no momento do ocorrido”, informou o cabo São Cristovão,Valdecir, do 6º Batalhão de polícia.

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estão no local do acidente e o trabalho segue para investigação.

De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho, em 2009 morreram 58 pessoas vítimas de acidente de trabalho.

Fonte: G1

DO JORNAL PEQUENO: Polícia 'grampeou' 7 suspeitos de agiotagem no Maranhão. Blogueiros estão entre os investigados

 

Ao menos outros 3 supostos agiotas – entre eles um juiz e um deputado estadual – aparecem nas escutas da polícia feitas após o assassinato de Décio Sá; as interceptações foram denominadas ‘Operação Blogueiro’

POR OSWALDO VIVIANI


Sete suspeitos de atuar como agiotas foram ‘grampeados’ durante dois meses de 2012 (maio e junho) pela Polícia Civil do Maranhão. As escutas telefônicas fizeram parte de uma operação denominada ‘Blogueiro’, a cujas degravações o Jornal Pequeno teve acesso. Elas foram pedidas à Justiça pela comissão de seis delegados que investigou o assassinato do jornalista Décio Sá, ocorrido em abril do ano passado.

A juíza Alice de Sousa Rocha, então titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, autorizou. Além de Gláucio Alencar Pontes de Carvalho e seu pai José de Alencar Miranda Carvalho, foram ‘grampeados’ Pedro Alberto Teles de Sousa (filho do ex-prefeito de Barra do Corda, José Mariano de Sousa, o ‘Nenzim’, e irmão do deputado estadual Rigo Teles, ambos do PV); Eduardo José Barros Costa, o ‘Eduardo DP’ (filho da ex-prefeita Arlene Costa, de Dom Pedro); Josival Cavalcanti da Silva, o ‘Pacovan’ (que, conforme a polícia, disputava negociatas em prefeituras do Maranhão com Gláucio Alencar e seu pai, Miranda); Paulo Roberto Pinto Lima, o ‘Carioca’ (ligado a Pedro Teles, segundo apurou a polícia); e Ronaldo Henrique Santos Ribeiro (advogado, indiciado pela polícia e denunciado pelo Ministério Público por envolvimento em agiotagem nas prefeituras e no assassinato de Décio Sá).

No bojo das escutas da ‘Operação Blogueiro’, também aparecem os nomes do juiz de Caxias Sidarta Gautama Farias Maranhão e do deputado estadual Marcos Antonio de Carvalho Caldas (PRB).

Em janeiro de 2010, o magistrado foi flagrado em ‘grampos’ da Polícia Federal em conversas com ‘Eduardo DP’ que revelavam indícios de agiotagem.

Por envolver um juiz, o caso foi levado à Corregedoria do Tribunal de Justiça do Maranhão, que em fevereiro passado decidiu arquivar o pedido de abertura de processo administrativo disciplinar contra Sidarta.

Nas escutas da ‘Operação Blogueiro’, o juiz Sidarta Gautama teve ‘grampeado’ um diálogo que teve em 17 de junho de 2012 com Pedro Teles. ‘O Charles sumiu do mapa (…) e ficou me devendo um monte dinheiro’, afirma Sidarta. Não fica claro na conversa quem é Charles. Pedro Teles responde que ‘aquele que mataram lá em Teresina [Fábio Brasil] também deu um monte de prejuízo’ e diz que quer falar com Sidarta pessoalmente.

Pedro Teles foi condenado, no início do mês passado, a 21 anos de prisão, como mandante da morte do líder comunitário Miguel Pereira Araújo, o ‘Miguelzinho’, assassinado em 1998, em Barra do Corda. Seus advogados recorreram e ele espera o resultado do recurso em liberdade. No dia do assassinato de Décio Sá, Pedro Teles entrou em contato telefônico com Raimundo Chaves Sales Júnior, o ‘Júnior Bolinha’, um dos principais envolvidos no homicídio.

Quanto a Marcos Caldas, que tem sua base política no município de Brejo, ele já foi sócio de ‘Júnior Bolinha’ numa loja de revenda de carros na Avenida dos Africanos (São Luís).

Segundo o que disse à polícia Patrícia Gracielli Aranha Martins, viúva do negociante de carros Fábio dos Santos Brasil Filho, o ‘Fabinho’ (assassinado em Teresina no fim de março de 2012), o parlamentar fazia empréstimos a juros. Ele teria emprestado R$ 60 mil a ‘Fabinho’ – um dos muitos que o empresário morreu sem quitar.

Nos ‘grampos’ da ‘Operação Blogueiro’, Marcos Caldas conversa várias vezes com um dos indiciados do ‘caso Décio’, o advogado Ronaldo Ribeiro. Numa dessas conversas, ocorrida em 13 de junho de 2012 – dia das prisões dos acusados de envolvimento no assassinato do jornalista –, o parlamentar fala que ‘tem um dinheiro com Gláucio pra receber de uma casa’.

‘Galinhas’ e ‘tomates’ – Diálogos interceptados de Gláucio Alencar, José Miranda, Paulo Roberto Pinto Lima, o ‘Carioca’, e Eduardo José Barros Costa, o ‘Eduardo DP’, também revelam fortes suspeitas de prática de agiotagem, embora – assim como no resto nos demais ‘grampos’ – houve um cuidado especial dos ‘alvos’ para que não aparecessem relações escusas dos supostos agiotas com prefeituras. Os quatro tratam mais de empréstimos pessoais a juros escorchantes e negócios com veículos.

Um raro caso em que a agiotagem nas prefeituras aparece é num diálogo, ocorrido em 26 de junho de 2012, entre ‘Eduardo DP’ e um homem identificado apenas como ‘Zé’. Na conversa ‘grampeada’, fala sobre seis cheques de R$ 600 mil cada da merenda escolar de Dom Pedro, que estariam nas mãos de Gláucio Alencar e foram apreendidos pela polícia.

Em outros diálogos, mais precavido, ‘Eduardo DP’ usa ‘galinhas’ e ‘tomates’ como códigos para evitar falar em dinheiro:

‘Galinha de dois, três mil contos não dá. Fala pra ver se come uma de cinco’ (16 de junho de 2012); ‘Preço do tomate: 35 e 32′ (20 de junho de 2012).

Já ‘Carioca, numa conversa com um certo Paulo, gravada em 31 de maio de 2012, é questionado ‘se tem moral com Alexandre, que está devendo R$ 15 mil para seu amigo Daniel, da Rivel’. ‘Carioca’ responde que ‘tem que armar para tomar o carro dele, pois ele tem que pagar’.

Truculência nas cobranças também é demonstrada por Josival Cavalcanti da Silva, o ‘Pacovan’. Conversando com um devedor, em 11 de junho de 2012, ele decreta: ‘Veja o que tu tem aí. Eu só quero o meu dinheiro. Vende o que tu quiser, casa, carro…’

‘Todos vão responder’ – Falando ao JP sobre as investigações da agiotagem no Maranhão, o delegado Augusto Barros, titular da Seic (Superintendência Estadual de Investigações Criminais), disse que ‘num primeiro momento, o foco investigativo é o núcleo chefiado por Gláucio Alencar e seu pai, mas a seguir todos os esquemas de agiotagem no estado serão desarticulados’.

O delegado afirmou que ‘nenhum envolvido nesse tipo de crime vai poder ficar tranquilo, pois todos vão ser presos e terão de responder na Justiça, independentemente de serem ou não ‘figurões’ conhecidos da sociedade maranhense’.

Quatro blogueiros e viúva de Décio Sá também foram ‘grampeados’

Blogueiros 'grampeados'

O blogueiro Luís Assis Cardoso Silva (Luís Cardoso) e seus filhos Luís Pablo Conceição Almeida e Hilton Ferreira Neto (Neto Ferreira), também possuidores de blogs, assim como Marcelo Augusto Gomes Vieira, foram ‘grampeados’ na ‘Operação Blogueiro’ nas investigações do ‘caso Décio Sá’. A viúva do jornalista, Silvana Cardoso da Cruz, igualmente teve seus telefones interceptados.

A polícia pediu as interceptações porque viu ‘fortes indícios de suspeição’ (palavras constantes do pedido à Justiça), em certas atitudes dos blogueiros – que na noite do crime estavam reunidos no Restaurante Dona Maria (Calhau), para onde Décio Sá iria, antes de mudar o rumo para o Bar Estrela do Mar (Litorânea), onde foi assassinado.

Luís Cardoso, que marcou o encontro com Décio no Dona Maria, omitiu, em seu depoimento à polícia, dois números de celulares.

Luís Pablo entrou em contato por celular com o advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro (um dos 12 denunciados pelo assassinato) às 22h26, ou seja, em cima da hora do crime. Ronaldo retornou para Luís Pablo logo após.

Tanto Luís Pablo como Luís Cardoso eram amigos de Paulo Roberto Pinto Lima, o ‘Carioca’, amizade que acabou em fevereiro de 2012, quando ‘Carioca’ registrou uma ocorrência no Plantão da Beira-Mar contra pai e filho, que teriam comprado R$ 30 mil em roupas com um cartão de crédito emprestado por ‘Carioca’ e pago a ele apenas R$ 9.200.

Marcelo Vieira foi ameaçado, em agosto de 2011, por Gláucio Alencar e dois seguranças (‘Alemão’ e Laércio) quando almoçava com ‘Carioca’ no restaurante ‘Cabana do Sol’ (Praia de São Marcos). Gláucio teria se irritado com postagens sobre ele no blog de Marcelo. No mesmo dia da altercação, sob a intermediação do juiz Sidarta Gautama, Marcelo foi ao apartamento de Gláucio. Depois da ‘conversa’, o blogueiro nunca mais postou nada mencionando o suposto agiota.

Já a viúva de Décio Sá, Silvana Cardoso da Cruz, foi ‘grampeada’, segundo a polícia, porque resistiu a entregar à polícia a CPU do jornalista, que estava em sua casa, e outros pertences de Décio, como o carro (Fox prata), uma bolsa, um pen drive e um notebook. Nos ‘grampos’ da ‘Operação Blogueiro’, Silvana revela, numa conversa com o também blogueiro Hostílio Caio Pereira da Costa, ocorrida em 30 de maio de 2012, que um dos irmãos de Décio, o policial militar Plínio Leite de Sá, pegou o carro, a bolsa e o pen drive antes da perícia, na noite do crime, e chegou a lavar o carro. Silvana afirmou, ainda, no diálogo com Hostílio, que Plínio também teria mexido na bolsa e até no conteúdo do pen drive.

Além das pessoas já mencionadas, também foram ‘grampeadas’ na ‘Operação Blogueiro’ ao menos outras dez: Raimundo Chaves Sales Júnior (‘Júnior Bolinha’); Fábio Aurélio do Lago e Silva (‘Buchecha’); Alcides Nunes da Silva (investigador afastado da Seic); Paulo Cícero Farias Venturini (negociante de carros de São Luís); Patrícia Gracielli Aranha Martins; Aristides Milhomem de Sousa (ex-vice-prefeito de Barra do Corda); Joab Jeremias Pereira de Castro (soldado da PM reformado e secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores); Hélcio Menezes (funcionário de Gláucio Alencar); Marcelo Minardi (ex-assessor da prefeitura da Paço do Lumiar); e Francisco das Chagas (dono do Restaurante Dona Maria)

‘Décio tinha um ‘négócio fixo’, que vinha do Senado’, diz Luís Cardoso

Numa conversa ‘grampeada’ durante a ‘Operação Blogueiro’, o jornalista e blogueiro Luís Cardoso revela a um interlocutor de nome Matias que o jornalista e também blogueiro Décio Sá recebia dinheiro do Senado Federal.

‘Ele tinha um ‘negócio fixo’ que vinha do Senado. Vinha direto na conta’, diz Cardoso a Matias em 2 de junho de 2012.

‘É por isso que nem Roseana [Sarney, governadora do Maranhão] segurava. Nem ela fez o cara parar’, completa Luís Cardoso.

domingo, 28 de abril de 2013

Em vídeo, veja o apelo do massagista "Bimbona" que sofre de elefantíase e sonha com tratamento


Em postagem anterior, o Blog relatou o drama do massagista José Raimundo Silva, de 50 anos, conhecido como "Bimbona", que sofre com uma elefantíase na perna esquerda.

Ele já busca tratamento há 10 anos, em hospitais de São Luís, mas não obteve êxito. Na última tentativa, no Hospital Geral, o médico teria dito que não poderia fazer nada. A doença está avançada e ele sonha em buscar tratamento no Hospital Tropical, em Manaus. 

Anteriormente, postei fotos que mostram o drama do amigo Bimbona. Aproveitei a visita que fiz a ele e produzi o vídeo onde ele conta o drama de conviver com essa doença, sem perspectivas de tratamento no Maranhão.

Bimbona reside na Avenida São Sebastião, 127, Cruzeiro do Anil, em São Luís. Contatos pelo telefone 3244-6904 ou pelo celular 8835-7207. 



Prefeitura paga salário de abril nesta terça-feira, dia 30

A Prefeitura de São Luís vai efetuar o pagamento do salário dos servidores da administração municipal referente ao mês de abril na próxima terça-feira, dia 30. Servidores da ativa, aposentados e pensionistas receberão os salários na mesma data. A informação é da Secretaria Municipal de Fazenda (Semfaz), que tem seguido o cronograma regular de pagamento dos salários dos servidores municipais. 

O pagamento do salário dentro do mês é um compromisso assumido pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior e vem sendo cumprido desde o início de sua gestão, iniciada em 1º de janeiro.

sábado, 27 de abril de 2013

O drama do massagista Bimbona, portador de elefantíase e abandonado pela saúde pública

Gilberto Lima

Na manhã deste sábado (27) fui ver de perto o drama do amigo massagista José Raimundo Silva, de 50 anos, conhecido como "Bimbona", residente da Av. São Sebastião, 127, Cruzeiro do Anil. Bimbona é conhecido de muitos desportistas, pois atuou como massagista em times de futebol. Ele sofre há vários anos com uma elefantíase na perna esquerda. Sua última tentativa de tratamento foi no Hospital Geral, em São Luís. O médico que o atendeu disse que não poderia fazer mais nada, pois a doença estava em grau avançado. "Ele praticamente mandou que eu voltasse para morrer em casa. Mas sei que isso tem cura! Tenho fé em Deus que vou conseguir um tratamento", diz Bimbona.

Em casa, sofrendo com muitas dores, provocadas pelo inchaço e por ferimento, Bimbona sonha em conseguir dinheiro para buscar tratamento em Manaus. Ele foi informado que o Hospital Tropical da capital amazonense é o único que oferece tratamento para elefantíase. "Peço que as pessoas me ajudem a conseguir dinheiro para chegar até Manaus. Tenho fé em Deus que o meu problema tem solução. A esperança é a última que morre", acrescenta Bimbona. 

Sem conta bancária, Bimbona autorizou-me a disponibilizar minha conta para que, quem quiser ajudá-lo, possa depositar qualquer quantia em dinheiro. Os dados são os seguintes: Banco do Brasil, agência 3650-1, conta 320411-1, em nome de Gilberto Gomes Lima. Os valores depositados serão integralmente repassados ao Bimbona, com registro da entrega publicado aqui no face. Quem preferir, pode ajudá-lo pessoalmente em sua residência na Av. São Sebastião, 127, Cruzeiro do Anil. Os contatos com ele podem ser feitos pelo telefone 3244-6904.

Só lamento que Bimbona seja completamente abandonado pela saúde pública do Maranhão. De que adianta tanta propagando em torno da inauguração de novos hospitais se o povo pobre continua vivendo na indigência? 

Bimbona é mais uma vítima do descaso e abandono por parte do poder público! Neste momento de dor e sofrimento, Bimbona espera contar com o apoio e solidariedade dos maranhenses!

Parlamentares lucram com contratos milionários do Minha Casa, Minha Vida. Edinho Lobão é citado

Minha casa, meu negócio

Num claro conflito de interesses, parlamentares lucram com contratos milionários do maior programa habitacional do governo. Políticos são beneficiados na venda de terrenos e ao colocar suas próprias empreiteiras para tocar as obras

por Josie Jeronimo
Revista IstoÉ

De vitrine do governo Dilma Rousseff à vidraça para os órgãos de controle, o programa Minha Casa, Minha Vida se tornou uma fonte de problemas e fraudes. Nas últimas semanas, o jornal "O Globo" denunciou que ex-servidores do Ministério das Cidades integrariam um esquema para ganhar contratos de habitação destinados às faixas mais pobres da população. Os antigos funcionários das Cidades não são, porém, os únicos que lucram com um dos principais programas sociais do governo. 

Levantamento feito por ISTOÉ indica que a política habitacional criada para ajudar os mais pobres enriquece também deputados e senadores. Os parlamentares se aproveitam de um filão imobiliário que já movimentou R$ 36 bilhões em recursos públicos para a construção de 1,05 milhão de casas e apartamentos para famílias de baixa renda. Os dados do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) – reserva financeira composta por recursos do FGTS e gerenciada pela Caixa Econômica Federal – mostram que parlamentares de diferentes partidos têm obtido vantagens financeiras com o programa de duas maneiras: na venda de terrenos para o assentamento das unidades habitacionais e na obtenção de contratos milionários para obras que são realizadas por suas próprias empreiteiras. Entre eles, os senadores Wilder Morais (DEM-GO) e Edison Lobão Filho (PMDB-MA), filho do ministro de Minas e Energia e presidente da Comissão de Orçamento do Senado, e os deputados Inocêncio Oliveira (PR-PE), Augusto Coutinho (DEM-PE) e Edmar Arruda (PR-PR).

A CASA É NOSSA 
Os deputados Augusto Coutinho, Inocêncio Oliveira e os senadores Wilder Morais
e Lobão Filho (da esq. para a dir.) têm sido favorecidos pelo programa Minha Casa, Minha Vida

O procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no Tribunal de Contas da União (TCU), não tem dúvidas da irregularidade de tais práticas. Segundo ele, a utilização de financiamento habitacional de programa do governo a empresas de parlamentares constitui, no mínimo, conflito de interesses. “O parlamentar é um ente público. Assim, quando firma contrato com recursos públicos, ele está dos dois lados do contrato, porque ele é responsável por gerir ou fiscalizar essas verbas. Há uma incompatibilidade. Não é possível servir a dois senhores. Ou você é administração pública ou é empresa”, critica Marinus. Na terça-feira 23, a própria presidenta Dilma admitiu a possibilidade de haver irregularidades no programa e foi enfática ao dizer que o governo tem a obrigação de investigá-las.

Os casos levantados pela reportagem, segundo o procurador, podem ser apenas uma mostra de um crime muito maior. É prática corrente colocar empresas e imóveis, como terrenos, em nome de terceiros, o que dificulta a fiscalização. Mas em Pernambuco o vínculo com o parlamentar beneficiado é direto. No Estado, nove mil das 20 mil casas prometidas pelo programa do governo federal já foram entregues. A especulação imobiliária é intensa, como também é grande a oferta de enormes áreas para a construção das casas populares. Apesar disso, a construtora Duarte, uma empreiteira local que abocanhou o contrato para erguer 1.500 casas no município de Serra Talhada, escolheu justamente as terras do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) para construir as habitações.

A área de 34 hectares fora adquirida pelo parlamentar 30 anos atrás, antes de ser desapropriada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). Era parte de uma fazenda, que foi dividida em vários lotes. O lote em questão foi declarado por Inocêncio à Justiça Eleitoral em 2010 pelo valor de R$ 151 mil. No mesmo ano, ele vendeu o terreno à construtora do programa Minha Casa, Minha Vida por R$ 2,6 milhões, de acordo com registros do cartório do 1º ofício de Serra Talhada. Ou seja, uma valorização espontânea de 1.600%. Procurado por ISTOÉ, Inocêncio confirmou o negócio, mas disse ter recebido “apenas R$ 1 milhão”, dando a entender que a empreiteira registrou valor diferente. O parlamentar disse ainda desconhecer o uso da área. “Eu não tenho nada a ver com a Caixa. Vendi para uma empresa particular”, afirma. Coincidência ou não, o negócio foi fechado no fim de 2010, momento em que a prefeitura de Serra Talhada era comandada por Carlos Evandro, do PR, um colega de partido de Inocêncio.

DE VITRINE À VIDRAÇA
Dilma Rousseff admite irregularidades no Minha Casa,
Minha Vida e diz que o governo deve investigá-las

No Recife, o deputado federal Augusto Coutinho (DEM) também tenta tirar proveito do programa Minha Casa, Minha Vida, seguindo o exemplo de Inocêncio Oliveira. O governo negocia com o parlamentar a compra de uma área de 2.400 metros localizada no bairro de Campo Grande para construção das casas populares. As terras estariam registradas em nome de sua construtora, a Heco. Os valores precisos da negociação não foram divulgados. Coutinho já declarou que não aceita menos de R$ 300 mil para ceder o terreno para o Minha Casa, Minha vida. O caso, no entanto, deve parar na Justiça. A prefeitura, nas mãos do PSB, alega que a área é de propriedade da Marinha. 

Outro jeitinho arranjado pelos parlamentares para lucrar com o programa federal é fechar contratos com suas próprias empreiteiras para a construção das unidades habitacionais. Segundo dados da Caixa Econômica Federal, obtidos por ISTOÉ, um dos barões do Minha Casa, Minha Vida é o senador Edison Lobão Filho (PMDB-MA), presidente da Comissão de Orçamento do Senado. Até o fim do ano passado, ele já havia embolsado R$ 13,5 milhões por meio de contratos firmados por sua empreiteira, a Difusora Incorporação e Construção. Um dos empreendimentos populares de Edinho, como ele é conhecido no Senado, financiados pelo Fundo de Arrendamento Residencial, está sendo erguido no município de Estreito, a 700 quilômetros de São Luís.

O município tem atraído investimentos milionários desde que recebeu o canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito em 2007 – empreendimento de R$ 1,6 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A população local cresceu 60%, saltando de 25 mil habitantes para 40 mil. No mês passado, a Caixa Econômica Federal abriu sua primeira agência no município e anunciou investimentos de R$ 57 milhões para construir mil casas.

No Paraná, em pelo menos três municípios, imóveis do Minha Casa, Minha Vida levam o selo da Cantareira Construções. A empreiteira pertence ao deputado Edmar Arruda (PR-PR). Só da Caixa, a Cantareira recebeu R$ 65,5 milhões até o fim de 2012. E a empresa do deputado fechou novo contrato para construir 400 casas no município de Paranavaí, um acerto de R$ 30 milhões. Os recursos, desta vez, virão do Banco do Brasil. Acumulando as funções de representante do Legislativo e presidente do Grupo Cantareira, Arruda percorre municípios do Estado discutindo com prefeitos projetos de ampliação do Minha Casa, Minha Vida. Em um evento na Câmara Municipal de Ivatuba (PR), no fim de 2011, Arruda foi homenageado por anunciar um empenho de R$ 300 mil de uma emenda parlamentar para a cidade. Na mesma reunião, aproveitou para fazer lobby pela construção de 140 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. O próprio deputado-empreiteiro, sem nenhum constrangimento, explicou aos vereadores que o município precisaria captar R$ 2,3 milhões com o programa do governo para tirar as habitações do papel. Procurado, ele alegou que já foi sócio da empresa, mas hoje não faz mais parte dela. Embora, na reunião com os prefeitos, ele seja apresentado como presidente do Grupo Cantareira, Arruda diz que a empresa “está em poder da sua família”, como se isso resolvesse o conflito de interesses. Arruda argumenta ainda “que o dinheiro do Programa Minha Casa, Minha Vida não é público e que advém de recursos oriundos de fundos como o FAT e o FGTS”.

DESPISTE
Deputado Edmar Arruda diz que empreiteira que lucra com casas "é da família"

No Estado de Goiás, a história se repete. Em Nerópolis, município próximo a Goiânia, a Orca Incorporadora constrói o conjunto residencial Alda Tavares. A empreiteira é do senador Wilder Morais (DEM), que assumiu o gabinete de Demóstenes Torres após sua cassação por envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. Até o final de 2012, só em contratos com a Caixa, a empresa de Morais faturou R$ 42,1 milhões. O empreendimento de Nerópolis está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás depois que moradores relataram que as casas lá são feitas com chapas metálicas. Os choques elétricos são rotina, um dos beneficiados do programa disse que seu cachorro morreu eletrocutado no quarto do filho. A construtora do senador também tem empreendimentos populares em Aparecida de Goiânia. Procurado por ISTOÉ, Morais não retornou as ligações. Questionada pela reportagem, a Caixa também não se manifestou. O ex-superintendente da Caixa Econômica Federal José Carlos Nunes diz que os métodos de escolha dos terrenos e empresas para o Minha Casa, Minha Vida ainda não são uniformes. “Tudo fica a critério da Caixa, que escolhe quem quer”, critica Nunes.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Conserto de adutora vai interromper abastecimento de água para bairros atendidos pelo Sistema Paciência, no próximo domingo

A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) comunica que em virtude da continuidade dos serviços de conserto de vazamento em adutora localizada na Avenida Casemiro Júnior, no Anil, o abastecimento de água será interrompido neste domingo (28), das 08 às 20h.

Informa, ainda, que em decorrência da execução dos serviços, o trânsito no local será interrompido, no trecho compreendido entre a Igreja Nossa Senhora da Conceição e a rotatória do Anil.

Bairros atingidos:

Conjunto Cohab I, II, III e IV, Itapiracó, Cohatrac I, II, III, IV e V, Conjunto Primavera, Alvorada, Cohabiano, Conjunto Araçagy I, II e III, Residencial Itaguará I e II, Residencial Planalto Anil I, II e III, Jardim das Margaridas, Aurora, Planalto Aurora, Forquilha, Vila Isabel Cafeteira, Anil, Cruzeiro do Anil, Vila Botafogo Anil, Brasília do Anil, Pão de Açúcar, Alto do Pinho, Jardim de Fátima, Conj.Santos Dumont, Parque Aurora e Trizidela da Maioba.

A bandidagem está no comando: Marginais impedem coleta de lixo no bairro Vila Nova, em São Luís

Apesar de o Secretário de Segurança, Aluísio Mendes, dizer que a violência é artificial, a realidade mostra que os bandidos assumiram o comando de diversas áreas da cidade.

A ousadia da marginalidade não tem limites, na capital maranhense. O jornalista Daniel Matos revela, em seu blog, que bandidos impediram a coleta de lixo no bairro Vila Nova, ontem, quinta-feira(26). Isso mostra que esses marginais não se intimidam diante das propaladas operações anunciadas pela Secretaria de Segurança.

Acredito que já está passando da hora de o governo do Maranhão solicitar o apoio de forças federais para garantir segurança à população. Se na Capital, onde se concentra o comando das forças de segurança, a situação está fora de controle, imaginem o caos que impera pelo interior do Estado.

Confira as informações contidas no blog do jornalista Daniel Matos:

Aluísio Mendes: violência é artificial, 
mas gera pânico


A onda de criminalidade que assola São Luís extrapolou todos os limites de tolerância. A bandidagem não está poupando nem os garis da empresa responsável pela limpeza pública na capital. Ontem, um bando de marginais impediu a realização de um mutirão de coleta de lixo na Vila Nova, na área Itaqui-Bacanga, ao atacar os trabalhadores que se preparavam para começar o serviço.

O caso ocorreu pela manhã e foi registrado no 5º Distrito Policial, no Anjo da Guarda, pelo delegado de polícia e assessor especial da Prefeitura de São Luís, Aldir Teixeira, que acompanhava a equipe. Segundo relato feito por ele na delegacia, os bandidos intimidaram os garis, a ponto de fazê-los desistir de realizar o mutirão no bairro.

Detalhe: toneladas de lixo estão acumuladas na Vila Nova há bastante tempo e o serviço resultaria em importante melhoria à comunidade.

Mesmo artificial, como classificou o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, em entrevista à rádio Mirante AM e ao jornal O Estado do Maranhão, na última quarta-feira, a sensação de violência em toda a região metropolitana de São Luís é real.

E precisa ser contida a qualquer custo.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Polícia elucida morte de investigador e prende suspeito

Uma investigação conjunta das Superintendências Estadual de Investigações Criminais (Seic) e de Polícia Civil da Capital (SPCC) resultou na elucidação do homicídio que vitimou o investigador Nilson Fonseca de Santana, 52 anos, ocorrido após o policial tentar impedir uma tentativa de assalto no Centro Comercial do bairro da Cohab, na última terça-feira (23). Izaque Ribeiro Silva, 22 anos, detido na última quarta-feira (24), é apontado como sendo o comparsa do adolescente que foi apreendido horas depois do crime.

Izaque, que é morador do bairro Juçatuba, São José de Ribamar, foi preso por equipes da Seic, no bairro Vila Vitória, no retorno do Tirirical, no momento em tentava embarcar em uma van para fugir da cidade. Em depoimento, ele confessou o crime e afirmou que morava em São Paulo e teria retornado para São Luís, porque teria ficado desempregado e estava sem dinheiro. 

Segundo informações policiais, as ações criminosas eram realizadas na região da Cohab, Vila Vitória e Vila Brasil. O delegado da Seic, André Gossain, disse que o suspeito contou ainda que não sabia que a vítima era policial e que só houve o disparo porque a vítima teria reagido ao assalto.“Está descartada a hipótese de que o crime tenha sido motivado por vingança”, esclareceu o delegado.

André Gossain informou que a polícia agora está trabalhando para recuperar as armas utilizadas no crime, dois revólveres calibre 38. A polícia já descobriu que as armas foram repassadas a uma terceira pessoa identificada apenas como “Neguinho”. Já a moto utilizada para a fuga, uma Pop 100, de cor preta e placas OIY 4976, está em poder de um primo do Izaque.

O adolescente, ferido durante o assalto, foi submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital Clementino Moura ( Socorrão II). Ele ficará à disposição da Delegacia do Adolescente Infrator (DAI). Já Izaque, que será indiciado pelo crime de latrocínio (roubo seguido de morte), permanecerá detido à disposição da Justiça.

Greve de professores continua em três estados

Mariana Tokarnia - Agência Brasil

Brasília - Terminou hoje (25) a paralisação das escolas públicas convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em todo o país professores das redes públicas estaduais e municipais de ensino cruzaram os braços por três dias, desde terça-feira (23). O ato fez parte da 14ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública de Qualidade, promovida pela entidade.

Segundo balanço divulgado pela CNTE, a adesão foi feita em 22 estados: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Desses, Mato Grosso, São Paulo e Maranhão continuam em greve. São Paulo e Maranhão declararam greve por tempo indeterminado.

No estado de São Paulo, dirigentes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) reuniram-se hoje com o secretário estadual de Educação, Herman Voordwald. Não houve acordo e o sindicato mantém a greve.

A principal reivindicação dos profissionais é o cumprimento da Lei do Piso Nacional dos Professores da Rede Pública. Pela norma vigente, o piso salarial nacional do magistério da educação básica é R$ 1.567 e deve ser pago em forma de vencimento inicial. Além disso, a categoria pede a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que direciona as políticas para a área nos próximos dez anos, a destinação de 100% dos royalties do Pré-sal para o setor e a definição de diretrizes nacionais de carreira para os profissionais da educação básica.

Os professores fazem também pedidos de reajuste salarial específicos em cada estado. No caso de São Paulo, a reivindicação é reposição salarial de 36,74%.

Em relação a porcentagem de escolas e profissionais que aderiram em cada localidade, os sindicatos ainda não fizeram um levantamento. A CNTE divulgou apenas os dados referentes a São Paulo. A Apeoesp estima que 60% dos professores da cidade de São Paulo aderiram à greve e que o movimento teve 30% de adesão dos profissionais da educação em todo o estado.

Em nota, a CNTE diz que "avalia como bastante positiva a paralisação de três dias ocorrida em todo o Brasil nesta semana". Além disso, o movimento ganhou visibilidade com "assembleias estaduais e municipais, com os professores indo às ruas para cobrar o respeito à Lei Nacional do Piso do Magistério, além de reuniões e audiências com governadores, prefeitos e vereadores para tratar das demandas locais de cada região".

A CNTE diz também que "irão acontecer mais greves ao redor do Brasil em função do não cumprimento da Lei do Piso, que os sindicatos irão para as ruas e cobrarão a correta aplicação de tudo que prevê a lei" e que vai "permanecer debatendo continuamente os principais tópicos da educação pública brasileira".

Caso Décio Sá: deputado Raimundo Cutrim defende criação de CPI para investigar agiotagem e diz que é vítima de "linchamento moral"


Deputado questiona qual o mal que fez para o grupo Sarney e lembra que passou 12 anos prendendo bandidos “pra eles” e que sabe de muita coisa
Cutrim: O que foi que eu fiz de mal para esse povo (grupo Sarney)? O mal que fiz foi a mim mesmo por ter passado 12 anos prendendo bandidos para eles”,
Cutrim: O que foi que eu fiz de mal para esse povo (grupo Sarney)? O mal que fiz foi a mim mesmo por ter passado 12 anos prendendo bandidos para eles”,
O ex-secretário de Segurança Pública do Estado, deputado Raimundo Cutrim (PSD), num duro pronunciamento nesta manhã de quinta-feira (25), acusou o Sistema de Mirante de Comunicação, de propriedade da família da governadora Roseana Sarney (PMDB),  de promover uma campanha de linchamento moral contra ele ao tentar associá-lo a crimes de grilagem, agiotagem e de participação no assassinato do jornalista Décio Sá.
O parlamentar, que integra a base aliada ao governo, condenou a matéria exibida pela TV Mirante, acusou a emissora de faltar com a verdade, classificou a reportagem de requentada, mentirosa e caluniosa e perguntou ao plenário: “O que foi que eu fiz de mal para esse povo (grupo Sarney)? O mal que fiz foi a mim mesmo por ter passado 12 anos prendendo bandidos para eles”, disse numa referência ao tempo em que serviu como secretário e desencadeou uma verdadeira cruzada contra o crime organizado no estado.
Cutrim aproveitou sua presença na tribuna para defender a constituição de CPI para investigar crimes de agiotagem no Maranhão e mandar um recado direto a quem ele acusa de promover campanha de linchamento moral contra ele junto ao eleitorado (Sistema Mirante).
“Essa cabeça aqui tem muita informação, é bom lembrar que eu passei 12 anos como secretário e sei como ir buscar as coisas (informação), não existe um instrumento melhor para saber, até se aqui no plenário tem algum deputado envolvido com agiotagem, é uma Comissão Parlamentar de Inquérito”, defendeu Cutrim.
O parlamentar lembrou que, antes do assassinato do jornalista Décio Sá, havia pedido uma CPI para investigar a denúncia feita pelo blog da vítima sobre a existência da quadrilha especializada em agiotagem. Ele revelou que trocava confidências com o jornalista e até o orientava.
Segundo Cutrim, a reportagem da TV quer tentar envolve-lo com grilagem e agiotagem e assassinato trata-se de “uma campanha odiosa da Mirante, numa tentativa de assassinar moralmente um cidadão de bem. Isso é vergonhoso querer me envolver na morte de Décio Sá. O que estão fazendo contra mim é um ato criminoso”, denunciou.
Diante do pronunciamento do aliado da governadora que está sendo atacado pela TV Mirante, Jornal O Estado do Maranhão e Rádio Mirante AM de envolvimento nos crimes citados acima, o líder da oposição, deputado Rubens Júnior externou sua solidariedade ao ex-secretário de Segurança: “V.Exª se coloca à disposição para criar a CPI porque não deve e porque não teme”, disse.
O deputado Othelino Neto também disse que achou estranha a campanha de difamação contra o companheiro de plenário. Na avaliação de Othelino a campanha é para desmoralizar Cutrim publicamente, mesmo sendo ele aliado do governo. “Se agem desta forma é porque, talvez, não estejam mais lhe querendo por lá”, enfatizou.
Com informações do Blog do Jorge Vieira