Serão julgados na próxima nesta terça
(14), no 2º Tribunal do Júri de São Luís, o policial militar Hamilton Caíres
Linhares e o vigilante Evilásio Lemos Ribeiro Júnior, acusados do assassinato
de três adolescentes, no dia 03 de janeiro de 2019, no bairro Coquilho, na zona
rural de São Luís.
Os corpos de Gustavo Feitosa Monroe,
de 18 anos, Joanderson da Silva Muniz, de 17 anos, e Gildean Castro Silva, de
14 anos, foram encontrados, no fim da manhã do dia 04 de janeiro de 2019, nas
proximidades de um residencial do Minha Casa Minha Vida, na região do
Coquilho/Mato Grosso, na zona rural de São Luís.
O julgamento começará às 8h30 e será
presidido pelo juiz Gilberto de Moura Lima. Na acusação, atuará o promotor de
Justiça Rodolfo Reis.
A denúncia do Ministério Público
Segundo a denúncia do Ministério
Público, no dia do crime, os três adolescentes saíram de casa, em duas
bicicletas, para a localidade conhecida como "Romão", área de banho e
pesca. A estrada de acesso estava localizada dentro da construção do Residencial
Mato Grosso, empreendimento da Caixa Econômica, do programa do Governo Federal
"Minha Casa, Minha Vida".
Por volta das 14h, as vítimas foram
avistadas por um dos seguranças da empresa Ostensiva, que avisou aos seus
companheiros de serviço a possível entrada de invasores.
Alguns vigilantes e o policial
militar Hamilton Caíres Linhares, contratado extraoficialmente pelo dono da
empresa para dar suporte de segurança, foram em direção ao local em que os
adolescentes estariam.
Ainda, de acordo com a denúncia, os
vigilantes foram se dispersando pelo caminho e, conforme o depoimento dos
próprios denunciados, eles dois chegaram à entrada do matagal em que os corpos
foram encontrados. Consta nos autos que Hamilton Caires Linhares e Evilásio
Lemos renderam os jovens, sendo que o militar estava armado.
De acordo com o Laudo em Local de
Morte Violenta, pela posição em que os corpos foram encontrados, a primeira
vítima estaria em pé ou de joelhos quando o disparo foi efetuado; e a segunda e
terceira estavam deitadas com uma das mãos na cabeça quando foram alvejadas,
sendo que o projétil atravessou a mão e entrou na cabeça, ficando alojado. O
órgão ministerial acusou Hamilton Caíres de ter efetuado os disparos e Evilásio
Lemos, de atuar na rendição dos três rapazes.
Os corpos e duas bicicletas somente
foram encontrados no dia seguinte, quando os familiares sentiram falta dos
jovens e saíram em buscas nas imediações da estrada do "Romão", junto
com outros moradores, encontrando um óculos na trilha que dava acesso ao local,
depois comprovado que pertencia a Evilásio Lemos.
Depoimentos
Ao ser interrogado, o vigilante negou
a autoria do crime, confessando, em seu primeiro depoimento, que esteve na
entrada do matagal com o policial, mas não entrou no local, e ouviu três disparos
de arma de fogo. No segundo depoimento, ele disse que entrou depois do militar
e, como não mais avistou o PM e as vítimas, voltou para a motocicleta.
Já Hamilton Caires negou qualquer
envolvimento no delito e disse que apenas desferiu um tiro para cima para
assustar os supostos invasores, dizendo que nem chegou a vê-los. Quando foi
solicitado que entregasse sua arma para realização de exame de comparação
balística com os projéteis retirados dos corpos e do local do crime, ele disse
que perdera a arma, estojo e carregador, no mês de outubro de 2018, embora não
tenha noticiado o fato à corporação policial.
Na decisão de pronúncia o juiz
Gilberto de Moura Lima afirma que há divergências entre as versões apresentadas
pelos acusados e as testemunhas, competindo ao tribunal popular apreciar as
versões. “Diante da existência de indícios de autoria e participação, assim
como demonstrada a materialidade dos fatos, preenchesse, pois, os requisitos de
admissibilidade da acusação em relação a todos os acusados”, disse o
magistrado.
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Luís
Como esse daí é negro,a condenação dele Concerteza vai ser pior do que a do sujeito ruim que tirou a vida do médico em Imperatriz...AINDA ASSIM A SOCIEDADE REPUDIA A ENTRADA DE PESSOAS MALDITAS DENTRO DAS POLÍCIAS MILITARES EM TODO O BRASIL.
ResponderExcluirSão esses tipos de coisas maldita que estão bagunçando as corporações em todo o Brasil...LEMBRANDO A TRAGÉDIA DO BRUNO EM IMPERATRIZ MORTO POR AQUELE MALDITO E ESSA COISA RUIM QUE MATOU ESSES JOVENS NA ZONA RURAL.
ResponderExcluirA caixa econômica é bilionária, se sujou à toa.
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